A ampliação do número de leitos de UTI, de testes rápidos de coronavírus e medicamentos para sedação estão entre as demandas dos municípios para os governos federal e estadual. A afirmação é do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems) Alexandre Fagundes em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, na NSC TV, desta quarta-feira (22).

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Para ele, no atual estágio da pandemia, além de incremento em estrutura para atender a população, os municípios precisam os catarinenses ooperem e sigam as orientações sanitárias para evitar o aumento do número de casos.Os municípios temem que a situação se agrave e falte estrutura na rede hospitalar.

– Até agora, a gente conseguiu suportar, mas estamos na iminência de um colapso e a sociedade precisa fazer a sua parte, precisa aderir às orientações das autoridades para que a gente tenha uma taxa de isolamento acima de 60% que é o ideal – afirmou Alexadre Fagundes.

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O ministro interino da saúde Eduardo Pazuello cumpre agenda em Florianópolis nesta quarta-feira. Ele se reúne com autoridades para tratar do enfrentamento da pandemia. As necessidades das secretarias municipais serão apresentadas a ele, de acordo com Alexandre Fagundes.

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– É bem importante a visita do ministro ao nosso estado, tendo em vista a situação em que nos encontramos. (…) Temos algumas situações com relação a alguns equipamentos, medicamentos para sedação, ampliação para leitos de UTI, também estamos tendo dificuldade com relação à manutenção dos profissionais de saúde nesses leitos de UTI – relatou.

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A ampliação do número de testes rápidos também deve ser reivindicada pelos municípios para que os casos sejam identificados precocemente e atendidos com agilidade.

Além da dificuldade em manter o equilíbrio entre economia e saúde, com isolamento social, outro grande desafio dos municípios é sensibilizar a população para adotar as orientações sanitárias, conforme o presidente do Cosems Alexandre Fagundes.

– A taxa de transmissibilidade nos municípios aumentou em quase 20% na última semana. Isso demonstra um crescimento exponencial da curva e, com esse baixo índice de isolamento, baixa adesão da sociedade, nós temos o ambiente propício para ter números alarmantes. De cada 100 pessoas infectadas, 14 vão precisar de atendimento hospitalar, quatro vão precisar de leitos de UTI – alertou.

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