Faltam três dias para terminar o ano. É hora de se pensar seriamente no que andamos fazendo em 2000. Sem pestanejar chegaremos à conclusão de que o ano para o futebol catarinense não foi bom. Corremos o risco de sermos taxados de pessimistas. Sejamos então, realistas. A pergunta que se fez durante o ano precisa ser repetida. Ganhamos o quê em 2000? Experiência, nada mais que isso, e olhe lá! Mas, por que o comentário? Porque precisamos mudar. Mudanças Mais profissionalismo, menos amadorismo. Mais razão, menos paixão. Mais respeito, menos hipocrisia. Temos que mudar. Corremos o risco de sermos taxados de pessimistas. Pouco importa, precisamos ser realistas. O ano está terminando e estamos de novo sendo o zero da BR-101. Logo vem a Sul/Minas, com Joinville, Marcílio e Figueira. Agora mesmo, há uma disputa de bastidores pela direção técnica da FCF. Zélio Prado é o candidato do presidente, mas a resistência é grande. Por que isso? Protecionismo Não há mais lugar para o amadorismo. Ou profissionalizamos, ou dançamos. A Federação insiste em acobertar alguns nomes da arbitragem que ela mesmo sabe que não chegarão a lugar nenhum. A qualquer crítica, vem logo a resposta: “Voce está enganado, o rapaz é muito bom.” E logo se descobre que é apadrinhado de alguém. Isso precisa terminar. Bastidores Recentemente, tivemos a reeleição do presidente da Liga Florianopolitana de Futebol, Manoel de Paula, o Dequinha. Na posse do dirigente, ninguém da Federação. Nos bastidores, descobre-se que a Federação trabalhou contra a reeleição do dirigente. Por quê? Poucos sabem, afinal o presidente é delegado da Federação, mas sua reeleição foi muito difícil. Essa hipocrisia impede o progresso definitivo do futebol catarinense. Ou mudamos em 2001, ou vamos parar no tempo. A faca Júlio Gonçalves, novo presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, é médico psiquiatra e diretor do Instituto São José. Por telefone, pergunto sobre a nova fase do Figueirense. Sua resposta foi estranha: “Vocês, da imprensa, é que são felizes, sempre alegres, bricalhões e sem problemas.” “Não entendi, doutor”, retruquei. “Quisera eu poder falar do meu Figueirense”, disse. “Por que não?”, indaguei. “Faria com muito prazer, se na minha frente não tivesse um paciente armado com uma faca querendo matar todo mundo.” Reviravolta Há coisas no futebol de SC que ninguém entende. A Chapecoense estava fora do campeonato. Ninguém queria assumir. Sai Parisotto, pula fora Telles, e Trombetta, nem pensar. De repente, Parisotto assume da noite para o dia. Agora, tudo muda. Entra na presidência Luiz Alberto Crispim. E eu agüento?
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