Autoridades dos Estados Unidos criaram um banco de dados secreto de jornalistas e ativistas humanitários que acompanharam a caravana de imigrantes da América Central que tentou entrar nos Estados Unidos através do México no ano passado. A informação foi divulgada pelo canal NBC, que citou documentos transmitidos por uma fonte da diplomacia que não quis ser identificada.
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A base de dados incluía pessoas que deviam ser controladas na fronteira entre os Estados Unidos e o México, segundo a fonte.
Entre os indivíduos apontados pela polícia de fronteira estavam 10 jornalistas, incluindo sete americanos, um advogado também dos Estados Unidos e 47 pessoas dos Estados Unidos e outros estados qualificados como organizadores, instigadores ou cujo papel era desconhecido.
A lista inclui membros de associações de defesa dos migrantes como Border Angels e Pueblo Sin Fronteras, segundo a NBC.
Essas pessoas não apenas entraram para uma lista, como também tiveram uma ficha criada para cada uma delas.
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— Somos uma agência de investigação criminal, não uma agência de inteligência. Não podemos fazer relatórios sobre pessoas, e eles estão fazendo relatórios sobre pessoas. É um abuso — lamentou a fonte, de acordo com a NBC.
Contactado pela cadeia de televisão, um porta-voz do serviço de alfândega e proteção de fronteira recusou-se a confirmar ou negar a validade dos documentos apresentados pela mídia.
Nos últimos meses, várias caravanas de migrantes deixaram a América Central em direção aos Estados Unidos, apesar dos esforços da administração do presidente Donald Trump para impedir a imigração ilegal.