Os Estados Unidos rejeitaram uma carta de crédito apresentada pelo ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Desse modo, a situação do cartola ficou ainda mais difícil em Nova York. Uma carta obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo e enviada por seus advogados aos juízes da Corte nos EUA, apontou que as autoridades norte-americanas rejeitaram o crédito. O argumento é de que o banco que concedeu a carta era brasileiro, e não americano.

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Segundo o jornal, a procuradoria dos Estados Unidos indicou que não dará mais um prazo para que Marin encontre o dinheiro. Contudo, seus advogados, por meio de uma carta, suplicaram ao juiz do caso, Raymond Dearie, uma nova data para o depósito.

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Marin foi preso na Suíça em maio a pedidos dos EUA por envolvimento no escândalo de corrupção da Fifa, que culminou na prisão de uma série de outros dirigentes do primeiro escalão do futebol mundial. Ele aceitou ser extraditado para Nova York ao final de novembro, com o objetivo de acompanhar seu julgamento em prisão domiciliar. Pelo acordo, ele pagaria US$ 15 milhões para ficar em seu apartamento, na 5ª Avenida.

Mas, em vários momentos, os advogados pediram um adiamento dos prazos de depósitos de sua fiança, sob a alegação de estarem com dificuldades para conseguir uma parte do dinheiro — US$ 2 milhões.

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Na última sexta-feira, dia 11, o advogado de Marin, Charles Stillman, enviou uma carta ao juiz do caso, Raymond Dearie, informando que as autoridades rejeitaram a proposta de depósito.

— Nós estivemos nesta semana com conselheiros do governo para propor uma alternativa para a peça final de crédito — indicou.

— Seria na forma de uma carta de crédito de US$ 2 milhões de uma instituição financeira do Brasil. O governo rejeitou a carta de crédito, sob o argumento de que era de uma empresa não-americana — disse.

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Mas, segundo o advogado, as autoridades concordaram em examinar os documentos que foram deixados com eles.

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— Em resumo, estamos trabalhando com energia para resolver esse problema para que possamos nos concentrar em lidar com o caso propriamente dito — escreveu.

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Charles Stillman também disse que o trabalho está sendo feito com “total boa fé”.

— Posso garantir que estamos trabalhando em total boa fé para completar essa tarefa — prometeu. — Ninguém deve ter dúvida disso — insistiu.

Os advogados, na carta, admitem que a procuradoria americana já rejeitou dar um novo prazo. Mas pedem que Dearie conceda uma nova data. Nesta segunda-feira, a corte americana pode se pronunciar sobre o destino de Marin.

*ZHESPORTES