Uma operação militar dos Estados Unidos realizada no fim de semana no Afeganistão matou o principal líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, 71, segundo autoridades militares em Washington.
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O ataque em Cabul foi feito usando drones e é, até onde se sabe, a primeira ação militar de Washington no país da Ásia Central desde a retirada das tropas há pouco menos de um ano, em agosto do ano passado, após 20 anos de ocupação.
— Ao longo do fim de semana, os Estados Unidos conduziram uma operação de contraterrorismo contra um alvo importante da Al Qaeda no Afeganistão. A operação foi bem-sucedida e não houve mortes de civis — disse uma autoridade americana a jornalistas. O presidente Joe Biden fará um pronunciamento oficial sobre o caso nas próximas horas.
Zawahiri, 71, assumiu o comando da organização terrorista a partir da morte de Osama bin Laden, morto em 2011. Ele já fazia parte do grupo desde os anos 1990 e, à época do atentado do 11 de Setembro, era considerado um dos principais líderes da organização. Procurado pelo governo americano, que chegou a oferecer US$ 25 milhões de dólares como recompensa a informações que levassem a sua prisão, seu paradeiro era desconhecido.
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Um porta-voz do Talibã, grupo que controla o Afeganistão desde agosto do ano passado, confirmou que um ataque de drone ocorreu em Cabul neste domingo (31) e afirmou que o episódio “é uma clara violação dos princípios internacionais e do Acordo de Doha [que estabeleceu em 2020 a retirada de tropas americanas do país]”. Segundo o grupo, o ataque ocorreu a uma área residencial.
— A natureza do incidente não foi revelada a princípio. As agências de segurança e inteligência do Emirado Islâmico investigaram o incidente e descobriram que o ataque foi realizado por drones americanos — disse o Talibã — Tais ações são uma repetição das experiências fracassadas dos últimos 20 anos.
Egípcio, Zawahiri entrou para a Irmandade Muçulmana ainda na adolescência e fundou o grupo terrorista Jihad Islâmica em 1979. Foi preso por planejar um atentado ao então presidente egípcio, Anuar Sadat, antes de unir-se à Al Qaeda nos anos 1990.
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Ainda que não tivesse o mesmo carisma de seu antecessor, Osama bin Laden, morto em 2011, nem o apelo de Abu Musab al-Zarqawi, líder do braço da Al Qaeda no Iraque morto em 2006, sua posição na hierarquia da organização fez com que os Estados Unidos oferecessem recompensa de US$ 25 milhões (R$ 134 milhões) por sua cabeça.
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Foi sob o mando disfuncional de Zawahiri que na última década a Al Qaeda perdeu espaço para o Estado Islâmico, uma organização terrorista que chegou a controlar partes da Síria e do Iraque.
Reportagem por Thiago Amâncio
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