As autoridades de Nova York concluíam no sábado os preparativos para enfrentar o furacão Sandy, com a esperança de que o fenômeno não atinja a maior cidade da costa leste dos Estados Unidos.

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– A tormenta começará a ser sentida no domingo ou na madrugada de segunda-feira. É um fenômeno perigoso, mas vamos nos sair bem – disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, sobre Sandy, que avança sobre a costa leste dos EUA após deixar 59 mortos no Caribe.

– A trajetória diz que vai atingir a terra um pouco ao sul de nós, na área de Maryland ou Delaware – prosseguiu Bloomberg, acrescentando que não ordenou a evacuação das zonas costeiras, como ocorreu no ano passado com a aproximação do furacão Irene.

– Não ordenamos qualquer evacuação até o momento. Será menos perigoso (que Irene), mas não se enganem, haverá muita água. Estamos trabalhando para garantir que quando a tormenta chegar a cidade esteja bem preparada e os cidadãos, seguros.

Bloomberg falou com o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, para garantir um correto trabalho de coordenação entre as diversas agências governamentais.

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A Autoridade de Transporte Público metropolitano (MTA, sigla em inglês) informou que a partir da noite deste domingo poderá suspender os serviços de metrô e ônibus. A regra é interromper os serviços quando os ventos superam os 62 km/h.

Os responsáveis de parques nacionais e monumentos, como a Estátua da Liberdade, podem anunciar a qualquer momento o fechamento destes locais devido à tormenta. Todos os trabalhos de reforma e construção de residências e prédios estão suspensos a partir da noite de sábado.

Sandy, que havia passado à tormenta tropical na madrugada de sábado, voltou à categoria de furacão durante o dia, com ventos firmes de 110 km/h a 120 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (CNH), com sede em Miami.

As previsões apontam que Sandy seguirá paralelamente à costa sudeste dos Estados Unidos durante o final de semana e na terça-feira deve se chocar com uma frente fria vinda do norte, o que pode causar um fenômeno muito violento, com reflexos em Richmond (Virgínia), Washington DC e Nova York, entre outras grandes cidades.

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Em agosto de 2011, o furacão Irene deixou 47 mortos e perdas de US$ 10 bilhões no leste dos Estados Unidos, mas não atingiu diretamente a cidade de Nova York. O fenômeno afetou regiões da Carolina do Norte, Virgínia, Nova Jersey e Vermont.

– Em comparação com o Irene, esperamos um impacto muito mais amplo. O mesmo com o vento – disse James Franklin, chefe do CNH, durante coletiva de imprensa.

O último furacão a atingir Nova York foi Glória, em 1985.