Com altas taxas de detecção de aids, 12 municípios catarinenses estão na mira das ações do governo federal e estadual para combater o avanço da doença. Através de um acordo firmado com o Ministério da Saúde, a Superintendência de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina quer intensificar as inciativas em Balneário Camboriú, Itajaí, Florianópolis, Criciúma, São José, Palhoça, Brusque, Joinville, Blumenau, Lages, Jaraguá do Sul e Chapecó. Ontem foram anunciadas as ações de combate, além do lançamento de um novo site com informações sobre a doença.

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As cidades foram eleitas pelas taxas de detecção da doença bem acima da média nacional. Santa Catarina é o terceiro Estado a assinar o pacto com o governo federal, depois do Rio Grande do Sul e do Amazonas, que têm maiores taxas.

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O secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, reforça que o acordo foi firmado há três meses, mas que por enquanto não envolve mais repasses do governo federal, apenas suporte técnico com auxílio na elaboração dos planos. Nesta semana, as equipes de saúde dos municípios selecionados estão tendo cursos de vigilância epidemiológica relacionados ao HIV. A ideia é qualificar esses profissionais, para melhorar o repasse de informações e a partir disso definir metas específicas em 2016.

Um dos objetivos é intensificar principalmente o acesso aos testes rápidos, pois o diagnóstico precoce é um dos maiores desafios do combate à aids, afirma Fábio Gaudenzi de Faria, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde. O teste rápido é feito com uma gota de sangue e demora em torno de 30 minutos para ficar pronto. Praticamente todos os municípios oferecem o teste nas unidades de saúde.

Outro enfoque são os jovens, que respondem por grande fatia dos novos casos de aids. Nas festas de fim de ano e carnaval, por exemplo, haverá ações mais focadas para os 12 municípios, com informações e sensibilização da população. O site www.aids.sc.gov.br fornece informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, com os endereços dos Centros de Testagem e Aconselhamento nas cidades catarinenses.

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– Somos o terceiro Estado em taxa de detecção e precisamos sensibilizar a sociedade de novo – resume Kleinübing.