Ela começou em 2014 e já deveria estar pronta há um ano, mas ainda sofre para ver os primeiros quilômetros se tornarem realidade. Assim é a obra de prolongamento da Via Expressa, a nova SC-108, no bairro Fortaleza, em Blumenau. A obra está parada desde setembro do ano passado. Agora, o governo prevê retomá-la até novembro.
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O último entrave foi uma pedra no meio caminho. Ou melhor, várias. A empresa vencedora da licitação pediu um aumento no valor por considerar que o volume de rochas no local da obra seria quatro vezes maior do que o previsto no projeto.
O governo do Estado então contratou uma medição de referência para indicar o quanto de pedras havia no local e analisar o pedido da empresa. Esse estudo está na fase final segundo a Secretaria de Infraestrutura de Santa Catarina. O resultado, no entanto, ainda não foi revelado.
Mas o reinício dos trabalhos ainda depende de outra pendência: a contratação de uma empresa para supervisionar a obra. Essa contratação não existiu na fase inicial, mas a Secretaria de Infraestrutura do Estado decidiu que, por se tratar uma obra de grande porte, seria necessário ter uma empresa para monitorá-la.
O edital de licitação para contratar essa empresa foi lançado e tem a abertura das propostas marcada para a próxima segunda-feira. O governo estima um prazo de mais 10 dias para eventuais contestações das demais interessadas. Com isso, a previsão é de que em novembro o contrato com a futura supervisora da obra seja lançado e que ainda em novembro as obras sejam retomadas. Até lá, segundo o secretário de Infraestrutura de SC, Paulo França, a análise do pedido da empresa executora da obra e a medição de referência terão sido resolvidas.
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– O governador determinou que a gente conclua o mandato com as obras de maior porte, como o prolongamento da Via Expressa, o acesso ao Aeroporto de Florianópolis e a Ponte Hercílio Luz, operando e desembrulhadas – pontua o secretário.
De acordo com o secretário, a demora ocorre por se tratar de uma rodovia construída em área considerada urbana, o que traz mais dificuldades para questões como desapropriações. Esse foi outro problema enfrentado pela obra até aqui. Alguns casos chegaram a ir parar na Justiça.
Hoje, de acordo com França, todos os terrenos do primeiro trecho, de 1,8 quilômetro, já estão desapropriados. No segundo trecho, nenhum contrato ainda foi fechado, mas as negociações começaram há poucas semanas.
Duplicação já consumiu R$ 18,5 milhões até agosto
O prolongamento da Via Expressa, também conhecido como nova SC-108, tem 15,6 quilômetros de extensão e custo estimado de R$ 141,3 milhões. A via ligará o trecho final da atual Via Expressa, no cruzamento com a BR-470, até a serra da Vila Itoupava. Até agosto deste ano haviam sido pagos R$ 18,5 milhões, cerca de 13% do total. Segundo o secretário, a obra tem recursos garantidos por fazer parte do Pacto por SC.
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A previsão é de que o trecho inicial de 1,8 quilômetro seja concluído e liberado primeiro, juntamente com o viaduto sobre a Rua Guilherme Scharf, no bairro Fidélis. O viaduto já teve a licitação concluída em maio deste ano e está em fase de contratação com a vencedora da concorrência. O valor estimado para a obra é de R$ 5,1 milhões e o prazo de execução é de um ano. No trecho de 1,8 quilômetro foram feitos até agora terraplenagem, drenagem, cercas e sub-base com macadame.