Mesmo tendo provocado o adiamento de dois grandes projetos de produção de celulose no Rio Grande do Sul, da Aracruz e da Votorantim Celulose e Papel, a crise internacional não ameaça o futuro do setor no Estado e pode-se até criar um cenário para a consolidação do segmento no país ao longo da próxima década.
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A conclusão é do consultor Carlos Farinha e Silva, vice-presidente da Pöyry Tecnologia, que apresentou um painel sobre investimentos da indústria no primeiro dia do Congresso Madeira 2008, que começou na manhã desta quarta e vai até amanhã, no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Para Farinha, a turbulência econômica é um acidente de percurso, que não deve mudar as projeções de longo prazo. Até 2020, a estimativa é de que o consumo mundial de papel e cartão cresça, em média, 2% ao ano, chegando a 500 milhões de toneladas em 2020.
– Os projetos com certeza serão implantados. As empresas não falaram que seriam cancelados, mas que seriam postergados também por dificuldades momentâneas – afirmou.
Prevendo uma recuperação do mercado de celulose a partir da próxima década, o especialista afirma que uma eventual retração do mercado até 2009 pode favorecer as empresas brasileiras, consideradas mais competitivas, que tomariam espaço de tradicionais produtores da Europa e Estados Unidos, que têm custos de produção mais altos.
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O Madeira 2008 reúne empresários, consultores e cientistas para debater os efeitos da crise, o futuro das indústrias de base florestal, além de mecanismos de gestão ambiental e geração de energia a partir da madeira.
Mais informações sobre o congresso e programação no site: http://www.madeira2008.com.br/.
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