Caso não haja o retorno ao trabalho de quem está paralisado, a Secretaria de Estado da Saúde estuda a possibilidade de contratar pessoal terceirizado para prestar o serviço durante a greve ou o remanejamento de outros servidores para os hospitais. Uma opção remota, mas não descartada, é a chamada de trabalhadores do concurso público.

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Na manhã de sexta-feira, os grevistas saíram da frente da Maternidade Darcy Vargas e do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. O ponto de paralisação passou para uma praça do bairro Boa Vista, onde os servidores ficarão das 7 às 21 horas de segunda a sexta-feira. Aos fins de semana não haverá paralisação. A medida é para cumprir a decisão da Justiça, que determinou aos grevistas ficarem, pelo menos, a 200 metros de distância das unidades.

Com a mudança de local e com os servidores sem bater cartão, o impasse pode comprometer o atendimento, já que enfermeiros e técnicos eram chamados para ajudar os pacientes.

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A orientação para as gestantes que estão fazendo o pré-natal e que não têm gravidez de risco é para que procurem outros hospitais enquanto a Maternidade Darcy Vargas não estiver com seu efetivo completo.

Greve sem data para acabar

A responsabilidade de manter os 30% de servidores também passou a ser da direção de cada hospital, como esclareceu a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde), Mari Estela Eger. Ponto que foi questionado pelo secretário de Saúde, Dalmo de Oliveira, ao destacar que é responsabilidade do servidor manter o serviço para o qual foi contratado.

A intenção do sindicato é manter esta nova fase de paralisação até que o Estado aceite negociar.

– Não tem mais revezamento. Não vamos mais bater cartão. Já estamos preparados para ficar o tempo que for necessário -, disse Mari.

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Como o governo do Estado está determinado a não dar o reajuste salarial, em forma de gratificação, o secretário de Saúde, Dalmo de Oliveira, destacou que os trabalhadores que não forem trabalhar não receberão salário.

Com mudança de local da concentração, o setor de esterilização da Maternidade Darcy Vargas ficou fechado ontem por falta de funcionário. Segundo o diretor clínico, Jorge Amaral, foram deixados kits para cirurgias suficientes para durar um dia. A maternidade está funcionando com um terço dos servidores.

No Hospital Regional, a recepção do pronto-socorro estava vazia. No caso dos plantonistas da unidade, Dalmo diz que o problema vem desde o ano passado e poderá ser minimizado com a contratação dos sete médicos que participaram do processo seletivo. O resultado está sendo homologado e os profissionais serão chamados.

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