Ao final da coletiva sobre o corte da gastos por parte do governo do Estado, o governador Raimundo Colombo fez dois anúncios sobre a reforma da Ponte Hercílio Luz. Ele afirmou que irá negociar com a empresa americana American Bridge, a mesma que construiu e entregou a estrutura em 1926.
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:::Confira o áudio da Rádio CBN com as falas de Colombo
O governador alega que seria a única forma de dar um andamento rápido à conclusão da reforma da ponte, que se arrasta desde 2005 nesta última iniciativa de recuperar a estrutura. Uma viagem está agendada para os dias 12 e 13 de fevereiro para negociar diretamente com os americanos.
Se for feita dessa forma, ficaria cancelada a proposta de fazer uma licitação internacional para a restauração de toda a estrutura da ponte. O governador afirma que vai buscar um entendimento junto aos outros poderes para que a contratação seja feita dessa forma.
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– A nossa ideia é fechar um senso técnico e financeiro bem qualificado dentro do governo. Torná-lo transparente de forma que possamos apresentar ao Tribunal de Contas, Ministério Público, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa. A empresa detém uma tecnologia que nenhuma outra tem. Caso contrário você acaba fazendo uma licitação com uma empresa desqualificada e a novela continua – afirmou o governador.
Os custos teriam que ser similares aos assumidos na licitação de restauro, cerca de R$ 180 milhões. A vencedora da licitação tinha sido a empresa Espaço Aberto, que não concluiu os trabalhos e teve o contrato rompido. A companhia alega que não recebia em dia e, por isso, não podia dar andamento à obra.
– Mas antes a gente tem que ter o compromisso deles e que seja tudo dentro dos preços que nós propusermos. Nessa condição eu visitaria os poderes para apresentar o projeto – ressaltou.
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Na outra ponta, Colombo afirmou que três empresas são sondadas concluir a etapa “Ponte Segura”, que consiste na construção dos pilares metálicos que darão sustentação ao vão central. A obra é necessária para que possam ser trocadas partes da Hercílio Luz já corroídas pela exposição sem manutenção ao longo das últimas décadas.
Entenda o histórico de entraves:
Junho de 2014
O governo do Estado toma a decisão de rescindir contrato com o consórcio liderado pela Espaço Aberto, sob alegação de que a empresa não estava cumprindo o cronograma das obras da segunda etapa de restauração da ponte. A companhia afirma que o Executivo estadual não vinha realizando os pagamentos e, por isso, tinha suspendido os trabalhos.
Agosto de 2014
O Deinfra anuncia oficialmente a rescisão contratual com a Espaço Aberto. Por meio de um contrato emergencial, o governo começa a procurar uma empresa substituta.
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Novembro de 2014
A TDB Produtos e Serviços, com a qual o governo vinha negociando para dar continuidade na etapa da “Ponte Segura”, resolve desistir do contrato.
Dezembro de 2014
O Tribunal de Justiça de SC acata recurso da Espaço Aberto e suspende a continuidade das obras emergenciais na ponte – mesmo sem elas estarem em andamento. No fim de dezembro, a Procuradoria-Geral do Estado reverte a decisão e derruba a liminar, abrindo caminho para contratação da Construtora Roca.
Janeiro de 2015
A Construtora Roca e o governo passam o mês negociando ajustes contratuais. Diante do risco de novas interdições e prejuízos, a empresa também resolve desistir dos trabalhos.
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