O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou, neste sábado, em comunicado, os atentados terroristas de sexta-feira à noite, em Paris, que causaram pelo menos 129 mortes e deixaram mais de 350 feridos.

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Em tradução livre, confira o comunicado:

“E nome de Alá, o mais Misericordioso, o Mais Beneficente

Alá (ta’ala) disse: Eles pensaram que suas fortalezas iriam defendê-los de Alá, mas Alá veio sobre eles de onde eles não esperavam, e infundiu o terror em seus corações para que eles destruíssem suas casas através de suas próprias mãos e pelas mãos dos fiéis. Então fiquem avisados, ó povo de visão. (Al-Hashr: 2).

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Em uma batalha abençoada cujo sucesso foi possibilitado por Alá, um grupo de fiéis soldados do Califado (que Alá os fortaleça e dê suporte), começou estabelecendo alvos na capital da prostituição e do vício, a maior mensageira da cruz na Europa, Paris. Este grupo de fiéis era formado por jovens que se afastaram da vida mundana e avançaram em direção aos seus inimigos na esperança de serem mortos em nome de Alá, fazendo isso em apoio a sua religião, ao seu Profeta (que a bênção e paz estejam com ele), e seus aliados. Eles o fizeram a despeito de seus inimigos. Assim, eles foram sinceros com Alá – nós o consideramos – e Alá concedeu a vitória às suas mãos e lançou o terror no coração dos “cruzados” em sua própria terra natal.

E assim oito irmãos equipados com cintos de explosivos e armas de fogo atacaram precisamente os alvos escolhidos no centro da capital da França. Esses alvos incluiram o Stade de France durante uma partida de futebol – entre os times da Alemanha e França, ambas nações cruzadas – na qual compareceu o imbecil da França (François Hollande), o Bataclan, onde centenas de pagãos se reuniram em uma festa idólotra e perversa. Ocorreram também ataques simultâneos a outros alvos no 10º, 11º e 18º distritos. Paris tremeu sob os pés de seus cruzados, e suas ruas tornaram-se estreitas para eles. O resultado dos ataques é nada menos que 200 cruzados mortos e muitos feridos. Todo louvor e o mérito pertencem a Alá.

Alá abençoou nossos irmãos e concedeu a eles o que eles desejavam. Eles detonaram os cintos explosivos nas massas de descrentes depois de esgotar suas munições. Que Alá os aceite entre os mártires e permita que nos juntemos a eles.

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Que a França e todos que seguem o seu caminho saibam que continuarão sendo os principais alvos do Estado Islâmico e que continuarão a sentir o cheiro da morte enquanto seguirem o caminho das cruzadas, enquanto se atreverem a insultar nosso Profeta, e enquanto se vangloriarem de sua guerra contra o Islã na França e de suas ofensivas aéreas contra os muçulmanos na terra do Califado.

Este é apenas o começo. E é também um aviso para aqueles que queiram meditar e tirar lições.

Alá é o maior

(A Alá pertence toda a honra, e a Seu Mensageiro e aos fiéis, mas os hipócritas não o sabem) [Al- munafiqun : 8]”

Após ataques, Hollande decretou luto por três dias

O presidente francês, François Hollande, já havia atribuído os ataques ao grupo terrorista, que qualificou como um “ato de guerra” cometido por “um exército terrorista” contra a França.

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François Hollande pediu aos franceses “unidade e sangue-frio”, ao mesmo tempo em que decretou o “luto nacional por três dias”, na sequência dos ataques terroristas de sexta-feira.

– O que aconteceu ontem (sexta-feira) é um ato de guerra (…) que foi cometido pelo Estado Islâmico, organizado a partir do exterior e com cúmplices interiores que o inquérito deverá estabelecer – afirmou Hollande.

O EI opera na Síria e no Iraque e conta com milhares de jihadistas estrangeiros, incluindo franceses, em suas fileiras. Já Paris, participa de uma coalizão internacional que realiza ataques aéreos contra os terroristas nesses dois países.

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– A França será implacável – assegurou Hollande. – As forças de segurança internas e o exército estão mobilizados no mais alto nível de suas possibilidades e todos os dispositivos de segurança foram reforçados.

O presidente francês decretou luto nacional de três dias e anunciou que falará na segunda-feira ante o Parlamento francês, reunido em Versalhes, “para unir a Nação nesta provação”.

Os ataques terroristas ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

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Confira o mapa dos ataques:

* Agência Brasil