Violentos combates em Sirte (norte da Líbia) travados entre homens locais armados e jihadistas do Estado Islâmico deixaram dezenas de mortos e feridos nos últimos quatro dias, segundo uma fonte local.
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Sirte vive uma verdadeira guerra desde terça-feira, segundo a fonte, que não quis ser identificado.
Líbia, profundamente dividida, tem dois governos, um Trípoli sob controle da coalizão de milícias islamitas Fajr Libia, e outro reconhecido pela comunidade internacional e exilado a leste do país.
Só que o futuro do governo reconhecido pela comunidade internacional parece incerto depois que o primeiro-ministro, Abdallah al-Theni, anunciou a intenção de renunciar ao cargo na terça.
O porta-voz do governo, Hatem al-Uraybi, não confirmou a decisão.
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“Ainda não tenho a resposta à pergunta se apresentará sua renúncia ou não no domingo no Parlamento”, disse à AFP.
A Líbia está imersa no caos desde 2011, quando a revolta popular e uma intervenção da Otan acabaram com o regime e resultaram na morte do ditador Muamar Kadhafi, que estava há mais de 40 anos no poder.
Os integrantes do governo e os membros do Parlamento eleito na última votação geral foram obrigados a seguir para Tobruk, depois que a coalizão de milicias Fajr Libya assumiu o controle da capital, Trípoli, em meados de 2014.
Um governo paralelo, não reconhecido pela comunidade internacional, se instalou em Trípoli junto ao Parlamento anterior (o Congresso Geral Nacional, CGN).
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O enviado da ONU para a Líbia, Bernardino León, negocia há vários meses com os dois lados para tentar formar um governo de unidade nacional.
No dia 11 de julho, o Parlamento de Tobruk assinou um acordo de “paz e reconciliação” para avançar rumo a tal governo, mas os integrantes do CGN se negaram a assinar o texto.
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