O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), implantado na região costeira da Líbia, está começando a avançar para o interior do país com o objetivo de assumir o controle de poços de petróleo, afirmou o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

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– Estão em Sirte, e seu território avança agora sobre 250 km lineares de costa, mas estão começando a penetrar no interior e têm a ambição de controlar poços e reservas de petróleo – declarou à rádio RTL.

VIDEOGRÁFICO: o que é e como opera o Estado Islâmico

Entre 2 mil e 3 mil combatentes do EI estão na Líbia, 1,5 mil deles em Sirte (a 450 km ao leste de Trípoli). Entre eles há líbios que combateram na Síria e retornaram ao país, mas também estrangeiros, em particular tunisianos, sudaneses e iemenitas, segundo estimativas da ONU.

A Líbia é cenário de lutas entre grupos armados e está dividida desde a queda do regime de Muamar Khadafi, em 2011. O país tem dois governos, um em Trípoli e outro em Tobruk (no leste) – o último reconhecido pela comunidade internacional.

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Por que a França não conseguiu parar o Estado Islâmico

– É absolutamente necessário o fim dos conflitos entre líbios, pois, em caso contrário, o vencedor militar será o Estado Islâmico – avaliou o ministro francês.

Depois de descartar a possibilidade de uma operação militar estrangeira, Le Drian ressaltou que a “única solução” possível é um “acordo político entre as diferentes partes que hoje se opõem na Líbia”.

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