O colapso que se aproxima do sistema de saúde em Santa Catarina motivou a busca por leitos de UTI na rede particular. Em ofícios enviados no início da tarde desta quinta-feira (25), a Secretaria de Estado da Saúde pede orçamentos para compra de leitos de tratamento intensivo em hospitais particulares.
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O ofício, assinado pelo secretário André Motta, já foi enviado para, ao menos, quatro unidades de saúde da rede privada da Grande Florianópolis ou com atendimentos estadualizados. São elas: Hospital Baía Sul e Casa de Saúde São Sebastião (Florianópolis), Unimed e SC Saúde (planos de saúde com abrangência estadual).
No texto enviado aos presidentes e diretores das unidades, o secretário de Saúde de SC afirma que “a gravíssima situação em que se encontra o Estado de Santa Catarina”, que “elevou consideravelmente a taxa de ocupação de Leitos de UTI dos hospitais da rede pública” motivou a busca de “alternativas” na rede privada.
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O pedido do Estado é por orçamentos com o valor médio diário de um leito de UTI para pacientes com Covid-19. Segundo o documento, os valores vão compor um banco de preços e auxiliar futuras aquisições.
Os quatro ofícios foram enviados por e-mail por volta das 14h desta quinta. Até às 16h apenas um dos comunicados havia sido respondido, por parte da Casa de Saúde São Sebastião, na Capital. A unidade diz ao Estado que possui apenas três leitos ativos de UTI que servem de “retaguarda” para o centro cirúrgico, sem estrutura para pacientes com Covid-19. Portanto, a unidade diz que não possui interesse em vender leitos ao governo.
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Um dos principais hospitais privados da Grande Florianópolis, o Baía Sul ainda não respondeu ao ofício, no entanto uma mensagem pública do presidente do hospital nesta quinta à tarde sinaliza um cenário de lotação. O texto diz que o Baía Sul precisou adotar protocolos de contingência extremos, e que apesar de todos os esforços a demanda continua crescendo.
Diante desse cenário, diz a nota do médico Sérgio Marcondes Brincas, ” o Hospital Baía Sul alerta que os próximos dias serão de extremo risco e a probabilidade de desassistência é real e iminente”.
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