O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante ato pró-reeleição de Dilma Rousseff (PT), que os eleitores brasileiros, às vezes, cometem equívocos ao eleger um presidente da República.
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– Esse país muitas vezes comete equívoco. Em 1989, o país estava com medo de mim, mas também de Ulysses Guimarães, do Brizola, Mario Covas. E esse medo era muitas vezes instigado pela imprensa. E no fim, o povo escolheu Collor, presidente da República, dizendo que era o novo. E vocês sabem o que aconteceu – disse em referência à eleição de Fernando Collor em 1989.
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– Eu era muito radical na época, nem a barba aparava, fiquei ofendido, mas ficar com medo de Ulysses, Brizola, que tinham história? – questionou.
Para Lula, a história se repete nestas eleições:
– A imprensa brasileira está nas mãos da elite e não admite que nenhum governante olhe para as pessoas mais pobres – disse.
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Lula também comentou que quando o presidenciável Aécio Neves (PSDB) fala em “mar de lama” à Dilma são as mesmas palavras que Carlos Lacerda utilizava contra Getúlio Vargas:
– Só que ele se esqueceu que seu avô (Tancredo Neves) trabalhou no governo de Vargas e foi primeiro-ministro de João Goulart. Aécio faz como UDN: sabe fazer denúncias de corrupção dos outros e esconde o seu rabo para ninguém saber – declarou, reiterando que Dilma está “tirando o tapete da sala”, vendo quem está fazendo coisas certas e erradas em seu governo, investigando e punindo os responsáveis.
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Ataque
Lula ainda engatou uma série de ataques pessoais contra o presidenciável tucano.
– Nunca vi um cidadão faltar com respeito com uma presidente como faz nosso opositor. Eu não tinha coragem de ser grosseiro contra o Collor. Isso é comportamento de um filhinho de papai – disse, sendo interrompido pelo público, que o aplaudiu muito.
E continuou:
– Não sei se ele teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse homem. Não é só porque Dilma é mulher, mas porque ela é presidente desse país – disse.
Ele falou também que Aécio, de vez em quando, parece “fidalgo”:
– Bafômetro não é medir carteira de motorista ou não. Bafômetro cheira álcool – disse.
– Se ele trata a presidente desse jeito, imagina se ele encontrar um pessoa na faixa, ou um catador. Isso é muito grave, porque as pessoas se acham no direito de desrespeitar o outro e depois se fazer de vítima. E é mais um motivo, uma razão para elegermos Dilma – declarou.
O ex-presidente mencionou que o primeiro emprego de Aécio foi como assessor do pai, Aécio Ferreira da Cunha, que na época era deputado no Rio de Janeiro.
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– Era o melhor emprego, não? Onde estava Aécio quando Dilma estava presa pela ditadura, lutando pela democracia? – destacou.