“Esse cuidado vai diminuir número de mortes de pessoas de idade por coronavírus”, diz prefeito de Joinville

Em entrevista na manhã desta terça-feira (12), o prefeito de Joinville Udo Döhler afirmou que acredita que, a partir desta semana, o número de casos confirmados de Covid-19 irão aumentar. Isso ocorrerá porque é quando começará a aplicação dos testes rápidos, possibilitando a ampliação desta estratégia. A afirmação foi dada ao apresentador Mário Motta, da rádio CBN, ao ser perguntado sobre os casos e mortes por coronavírus em Joinville.

— Há uma subnotificação. Este número é muito pequeno. Ele deve se alargar a partir de agora, que estaremos aplicando os testes rápidos. É preciso considerar que 70% da população vai contrair o vírus. Nossa preocupação é fazer com que isso se alargue ao longo do tempo para que não tenha picos e isso sim se transformará num risco maior.

Ele também avaliou que, apesar de Joinville ser a cidade de Santa Catarina com maior número de mortes pela doença, a situação ainda é boa em comparação à expectativa. Para exemplificar, citou o número de mortes que costuma ser registrado neste período na cidade.

— Por exemplo: comparamos o número de mortes nestes primeiros quatro meses do ano, de 2018 até o ano em curso, e não percebemos nenhuma variação acentuada. Ou seja, perdem a vida em Joinville cerca de 330 pessoas por mês. E este número, nestes últimos três anos, não variou. É claro que temos hoje pessoas que perdem a vida porque contraíram o coronavírus. Aí é preciso considerar que, de nove mortes, apenas uma pessoa com idade inferior a 60 anos. Então, o nosso risco não cresceu — avaliou.

Segundo ele, este número é baixo em relação a outras cidades do mesmo porte porque existiu a preocupação e o cuidado com o isolamento social. Por isso, é provável que a contaminação ainda esteja em um percentual inferior.

— Este cuidado vai permitir que a gente tenha um número menor de mortes de pessoas com idade mais avançada. A nossa idade média em Joinville é superior à do Estado, e isso conclama um cuidado maior. Até agora, e considerando que estamos muito próximos do pico, nossa percepção é que é pouco provável que teremos aqui um surto que nos cause uma surpresa e que possa levar a um surto maior — disse.