A menos de dois meses do prazo determinado pela Justiça Eleitoral para a definição de domicílio eleitoral e filiação partidária, o cenário político em Blumenau começa a dar pistas sobre quais nomes aparecerão nas urnas em outubro de 2016 e disputarão os votos do eleitor pelo comando do Executivo municipal e para o Legislativo. Até outubro, alguns nomes já conhecidos dos blumenauenses deverão movimentar os bastidores partidários em busca de ambientes mais favoráveis para a conquista de seus objetivos políticos.

Continua depois da publicidade

Após o vice-prefeito Jovino Cardoso ter deixado o DEM – partido que o acompanhava há mais de 20 anos, desde o extinto PFL -, aguarda-se que o presidente da Câmara, Mário Hildebrandt, também mude de sigla. Ele confirma o desejo de concorrer a prefeito ou a vice e para isso poderá deixar o PSD e aceitar o convite do PSB. O partido comandado no Estado por Paulo Bornhausen também tenta atrair o reitor da Furb, João Natel, filiado ao PMDB desde abril. O médico não descarta a possibilidade de uma candidatura, mas afirma que seu compromisso no momento é o mandato na universidade.

De início, o PT tem quatro nomes para uma eventual disputa: Décio Lima, Ana Paula Lima, Jefferson Forest ou Adriano Pereira. O presidente Éder Lima afirma que o objetivo da legenda é construir alianças com os partidos que fazem parte da base aliada do governo federal. Para isso, todos as siglas que fazem oposição ao governo tucano devem ser procurados pela agremiação.

O professor do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Furb, Marcos Matedi, acredita que as eleições tendem a ser definidas pela capacidade de Napoleão Bernardes neutralizar candidaturas opositoras e não tanto por seu desempenho como prefeito. Para ele, o resultado dependerá dos arranjos partidários que o PSDB irá estabelecer ao seu redor:

– Esse fato foi observado na reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD). O espectro de alianças era tão grande que se tornou inviável a candidatura dos partidos de oposição – exemplifica.

Continua depois da publicidade

Matedi acredita que a crise política e econômica enfrentada pelo país também deve influenciar as próximas eleições:

– O cenário nacional vive uma instabilidade muito forte. Quando a presidente se enfraquece, gera uma desorganização de forças entre todos os poderes. Mas se o governo conseguir reagir e estabilizar a economia, torna viável novamente haver candidaturas do PT – avalia.

As datas

Com a aprovação da Emenda Constitucional nº 16/97, as eleições de primeiro turno passaram a ser realizadas sempre no primeiro domingo de outubro. Portanto, as eleições municipais de 2016 vão acontecer no dia 2 de outubro. O segundo turno, segundo a mesma emenda, ocorre sempre no último domingo do mês – no ano que vem, será no dia 30. O prazo para definição de domicílio eleitoral e filiação partidária termina um ano antes da eleição – ou seja, neste ano em 2 de outubro.