A Polícia Militar organizou uma mega operação para impedir a entrada de membros das torcidas organizadas União Tricolor e Mancha Azul, na Arena, nesta sexta, no clássico entre JEC e Avaí, às 21h50, em jogo válido pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Cerca de 200 policiais militares serão destinados exclusivamente para o clássico. Além deste contingente, agentes do Ittran, Seinfra e até mesmo da PRF auxiliarão com apoio tático para a manutenção da ordem no evento.

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A operação “Clássico” está sendo organizada desde segunda-feira, no começo da semana. Porém, foi nesta quarta-feira que ela tomou cunho oficial, em reunião realizada entre o major Jofrey Santos da Silva, do 8º BPM, o superintendente do JEC, Osni Fontan, representantes do Ittran e da torcida organizada Independente, que não sofre sanção do Ministério Público. No encontro, Jofrey explicou a atuação da PM neste clássico, e pediu a compreensão e colaboração das demais entidades envolvidas.

– Se identificarmos membros das organizadas União Tricolor e Mancha Azul, em um raio de até 5 km da Arena, estes serão barrados e conduzidos à Justiça Presente. Grupos superiores a cinco pessoas deverão se separar para facilitar o trabalho da PM – comentou o major.

Para a prevenção da entrada de pessoas associadas as organizadas, a polícia utiliza filmagens de partidas anteriores e monitora o deslocamentos dos torcedores nas redes sociais. Além disso, agentes da Polícia Rodoviária Federal foram orientados para impedir a entrada de pessoas ligadas a Mancha Azul, torcida do Avaí, na cidade.

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No dia 16 de setembro, a União Tricolor, a Mancha Azul e a Gavião Alvinegros, ficaram proibidas de entrarem em estádios de futebol em Santa Catarina, por uma determinação do Ministério Público do Estado. Com base em um Termo de Ajustamento de Conduta de março de 2008, a União está suspensa por três meses por causa de incidentes nos arredores da Arena Joinville. Já as demais organizadas de Florianópolis têm um suspensão maior, de cinco meses.

O novo Comandante do 8º BPM, Tenente Coronel Adilson Moreira, lamenta a necessidade da operação, mas adverte que se o comportamento de pessoas associadas as torcidas organizadas continuar desrespeitando à ordem, e o estatuto do torcedor, as medidas preventivas poderão ainda serem mais severas.

– Não queríamos que fosse assim. Neste ano até chegamos a liberar a utilização de bandeiras com o mastro. Mas em razão dos incidentes tivemos que tomar esta postura. Se o comportamento continuar inadequado, identificaremos pessoa a pessoa e baniremos dos estádios de futebol – alertou o Tenente Moreira.

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