A Justiça determinou o bloqueio de R$ 27,4 milhões de um grupo apontado como responsável por um esquema de pirâmide financeira em Santa Catarina disfarçado de investimentos em NFT, uma espécie de criptoativo. A medida atendeu a um pedido do Ministério Público catarinense (MPSC) em uma ação civil pública, na tentativa de evitar o desmonte do patrimônio antes que as vítimas possam ser ressarcidas.
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Foram bloqueados ativos financeiros em bancos, ações, imóveis e veículos em nome de oito pessoas e 14 empresas vinculadas à X Capital Bank Soluções e Tecnologia, uma suposta gestora de investimentos sediada em Florianópolis que está no centro do esquema, de acordo com o MPSC.
As empresas atingidas pelo bloqueio formavam uma rede de fachada, todas elas ligadas a serviços abstratos de investimentos, com pessoa jurídica aberta em datas próximas e em nome dos investigados. A maioria ainda estava sediada em um mesmo endereço e não tinha funcionários.
O suposto esquema foi desvendado no começo do ano pela operação Cripto X, ocasião em que o MPSC e a Polícia Civil cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à X Capital. Em abril, haviam sido apreendidos carros de luxo e até um jet ski dos investigados.
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A denúncia do MPSC relata que a X Capital captava recursos das vítimas sob a promessa de rendimentos de até 20% ao mês a partir da compra, locação e venda de NFT (token não fungível, na sigla em inglês).
Houve retorno aos clientes nos primeiros meses. Em dezembro do ano passado, contudo, os donos da gestora passaram a alegar dificuldades para resgatar investimentos em corretoras estrangeiras. A estimativa do MPSC até aqui é de que o esquema tenha causado prejuízo de ao menos R$ 19 milhões às vítimas.
O NSC Total tentou contato por e-mail com a X Capital, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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