A Polícia Civil descobriu um esquema criminoso em que máquinas de bichinhos de pelúcia eram usadas para lavar dinheiro de jogo do bicho em Santa Catarina. Os equipamentos, segundo a polícia, eram instalados dentro de shoppings e supermercados. Na ação, deflagrada na manhã desta segunda-feira (4), foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José e Palhoça.

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De acordo com o delegado Jeferson Prado, do Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), os suspeitos abriram empresas de fachada para lavar dinheiro do jogo do bicho e dar “licitude” ao capital. Durante as investigações, peritos da Polícia Científica identificaram, inclusive, que os equipamentos eram adulterados previamente para que os prêmios não fossem liberados. A cada 69 jogadas, uma liberava o prêmio.

— Eles abriram cinco empresas [de máquinas de bichinhos], uma principal e quatro filiais, e as máquinas eram fraudadas. Então, por mais habilidade que o indivíduo tenha, jamais conseguiria pegar um bichinho. Este é um crime contra relação de consumo, contra economia popular, que explorava justamente as crianças — destaca o investigador.

O delegado explica que esta operação é consequência de uma investigação anterior, iniciada em 2021, contra lavagem de dinheiro. No inquérito atual, o foco foi o jogo do bicho. Além de 37 máquinas de bichinhos de pelúcia, foram apreendidos celulares, computadores, documentos e um “volume considerável de dinheiro”, que ainda deve ser contabilizado.

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As empresas foram bloqueadas e polícia também pediu o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos, mas ainda aguarda uma resposta da Justiça. Até o momento, ninguém foi preso.

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