Dois policiais militares foram presos por estarem envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. O homem e a mulher eram alvos de uma operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (26). Eles foram encaminhados ao 25⁰ Batalhão de Polícia Militar, em Navegantes, onde permanecem à disposição da justiça, segundo a PM de Santa Catarina.
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Os agentes, de acordo com o tenente-coronel Evandro Fior da Cruz, atuavam na cidade mencionada, mas estavam afastados do serviço há cerca de dois anos e meio. Em 2020, eles já haviam sido presos em outra operação da PF, conhecida como Oitavo Mandamento.
Na época, os dois eram suspeitos de obstruírem investigações da Polícia Federal que também envolvem os ganhos financeiros do tráfico internacional de drogas. Eles atuavam junto a um advogado que representava criminosos envolvidos em tráfico de cocaína por meio dos portos no Estado.
A investigação apurou que, naquele período, os policiais verificavam constantemente os dados dos criminosos e consultavam placas das viaturas descaracterizadas da PF, para acompanhar o andamento das operações.
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O mesmo advogado também foi preso, mais uma vez, na operação desta quarta-feira (26), apontado como responsável pelo esquema. Segundo o delegado Ênio Bianospino, ele trabalhava para uma organização criminosa que envia drogas para a Europa pelos portos brasileiros.
A polícia sustenta que o profissional recebia os valores na maioria das vezes em espécie e fazia investimentos na região de Itajaí e Navegantes para tornar lícito aos traficantes. O grupo comandado pelo homem chegou, inclusive, a abrir uma construtora e um prédio foi construído, tendo todos os apartamentos vendidos.
O advogado também é um dos autores de um livro que trata justamente sobre o tipo de crime que o levou à prisão.
Entenda a operação
Na quarta-feira (26) agentes da PF foram às ruas de Itajaí e Navegantes para cumprir seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. Dinheiro, carros de luxo e imóveis milionários estão entre os bens bloqueados. A estimativa de valor dos imóveis sequestrados é da ordem de R$ 130 milhões.
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Alguns dos envolvidos no crime já foram investigados em outras operações, como Alba Virus (2019); Narcobroker (2020); Oitavo Mandamento (2020); B.C. Laundry (2022) e Habeas Pater (2023).
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas máximas somadas podem chegar a 38 anos de reclusão.
*Estagiária sob supervisão de Lucas Paraizo
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