O julgamento que apura a inserção de dados falsos nas plataformas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Meio-Oeste de Santa Catarina teve início no Tribunal de Justiça (TJSC). Ao menos 132 testemunhas serão ouvidas ao longo dos próximos dias, além de 27 réus.
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Estão entre os acusados de participar do esquema de fura-fila, médicos, políticos, empresários, agentes públicos e pacientes de toda a região. A prática do crime teria começado em 2017.
A organização, conforme a denúncia, captava tanto pacientes que aguardavam por uma cirurgia eletiva, quanto outros que não chegaram a passar por atendimento, mas tinham interesse em pagar para serem atendidos na frente dos demais.
Todos, de acordo com o Tribunal, tinham acesso rápido a informações médicas e dados pessoais dos pacientes. Um dos réus, que seria o líder da organização, cuidava de todas as tratativas. Era ele quem obtinha os documentos, agendava consultas e recebia os pagamentos indevidos.
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Os pacientes eram orientados, ainda, a entrar de cadeira de rodas nas unidades de saúde, além de evitar dizer que eram de outros municípios da região.
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