Alguns animais atiçam bastante a nossa imaginação, por terem um corpo e esqueleto diferentes da maioria dos outros animais. Um desses animais são as cobras, seres pré-históricos que até hoje nos fascinam por vários motivos. Um das coisas mais fascinantes relacionadas a esses répteis, são os esqueletos de cobra. Muitos são os mistérios sobre eles. 

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O que são os esqueletos de cobra? Será que as cobras tem “patas” reveladas apenas pelos seus esqueletos? Quais delas são portadoras de veneno? Seriam os esqueletos da sucuri, a maior de todas as cobras, diferentes das demais?

Se você está curioso e ansioso para obter respostas e conhecer mais sobre os esqueletos de cobra, continue esta leitura que iremos tirar, pelo menos, a maioria da suas dúvidas.

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As cobras tem ossos?

O esqueleto das cobras é formado, em sua maior parte, pelas vértebras.
O esqueleto das cobras é formado, em sua maior parte, pelas vértebras. (Foto: Reprodução)

Sim, as cobras são animais vertebrados – no caso são répteis da ordem Squamata – logo, são animais que tem ossos e uma coluna vertebral, que como todos podemos ver, possui uma flexibilidade única e incrível.

Com um corpo alongado, são as inúmeras vértebras da cobra que protegem a medula espinhal, o órgão mais importante do sistema nervoso. Músculos fortes e poderosos estão presos a essa estrutura ósseas para garantir a rapidez dos movimentos desses répteis, quando eles se deslocam.

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Mas afinal, como é o esqueleto delas?

Desde sempre, os esqueletos das cobras fascinam o ser humano.
Desde sempre, os esqueletos das cobras fascinam o ser humano. (Foto: Reprodução)

Falando e maneira bem resumida, o esqueleto das cobras é formado por um crânio e inúmeras vértebras com costelas. Elas são animais que não possuem cintura, logo, não tem como seus esqueletos terem ossos dos quadris ou patas.

Porém, há raras exceções, onde algumas famílias desses répteis ainda apresentam esboços de membros, que nada mais são que resquícios dos antepassados em comum entre as cobras e os lagartos, “o elo ” perdido entre eles. Vamos começar do início, ou seja, o crânio e as mandíbulas do animal.

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Crânio e mandíbula

Conhecido por sua condição diápsida, que significa que ela possui duas fossas temporais ou orifícios atrás de suas órbitas oculares (uma inferior e outra superior), o crânio das cobras possui uma série de mdoificações que conferem a ele grande flexibilidade

O que é bastante fascinante no crânio das cobras é que ele é formado por várias articulações móveis, conhecidas como crânio cinético. 

Isso ocorre porque as mandíbulas desse animal não são rígidas, com a sua parte inferior sendo dividida em duas partes, unidas por pele e músculos, que garantem que ela se expanda enquanto a cobra se alimenta.

Além das mandíbulas, outra parte importante do crânio são os dentes das cobras. A grande maioria desses répteis possuem dentes uniformes, em formato e tamanho, porém algumas espécies possuem presas para injetar veneno.

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As cobras não venenosas, como as jíboias e as sucuris que são constritoras, dá-se o nome de colubrídeos. Já as venenosas são do tipo peçonhentas, que injetam veneno e possuem algumas características particulares, como a cabeça triangular, possuir fossetas loreais, pupilas verticais, entre outrasc características.

Classifica-se as cobras venenosas também em função das suas presas:

  • Proteróglifas: possuem presas fixas na parte anterior do maxilar;
  • Opistóglifas: possuem as presas na parte posterior do maxilar;
  • Solenóglifas: possuem presas mais especializadas, que além de serem móveis, possuem um canal interno que se comunica diretamente com a glândula de veneno.

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Coluna vertebral e costelas

Uma parte curiosa e interessante do esqueleto das cobras é a sua coluna vertebral, formada por múltiplas vértebras, curtas e largas. Graças a esse formato anatômico, elas pode se movimentar por rapidez em diferentes tipos de terrenos, desde a areia do deserto, grama até substratos mais ásperos.

Em média, uma cobra possui de 100 a 400 vértebras, sendo esse número variável dependendo do comprimento da cobra. Por exemplo, uma sucuri de 3 ou 4 metros de comprimento terá mais vértebras do que uma cobra de outra espécie menor.

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Inclusive, as 120 vértebras pré-caudais que toda cobra possui é um dos elementos que as distinguem de outros animais que tecnicamente não são serpentes, como as cobras-de-vidro e alguns tipos de calangos sem membros ou com os membros quase que totalmente ausentes.

O esqueleto desses animais também é dotado de algumas costelas do tipo “flutuante”, que garantem rigidez a coluna vertebral e ficam ancoradas nas vértebras de um lado, enquanto o outro lado fica solto. Assim como outras organismos, como alguns lagartos, peixes e tartarugas, as cobras não possuem o esterno.

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Cintura e membros

As cobras não possuem um osso para a cintura, como osseres humanos possuem os osso do quadril,por exemplo. Além do mais são animais apoidais, ou seja que não apresentam membros.

Já foi visto um esqueleto de cobras através do Google Maps?

O que achavam ser o fóssil de uma cobra pré-histórica, na verdade, era uma obra de arte.
O que achavam ser o fóssil de uma cobra pré-histórica, na verdade, era uma obra de arte. (Foto: Reprodução)

Já pensou você dar de cara com uma notícia na Internet que acharam um esqueleto gigantesco de uma cobra através do Google Maps? Pois foi justamente isso que aconteceu em abril deste ano.

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Usuários do Google Maps “descobriram” um esqueleto gigante de cobra na costa da França. A incrível imagem do que seria, supostamente, o esqueleto de uma serpente gigante foi, inclusive, publicada em uma conta do TikTok que publica imagens curiosas encontradas no Google Maps, a @googlemapsfun. 

Na época, as pessoas acreditavam ter achado, neste imagem, o exemplar do fóssil de uma gigantesca cobra pré-histórica que viveu 60 milhões de anos atrás, no Paleoceno – período que precedeu a extinção dos dinossauros – a Titanoboa, cujo maior exemplar já encontrado chegou a medir quase 15 metros de comprimento.

Apesar da polêmica, o site de verificação de fatos Snope atestou que o tal esqueleto não tinha nada a ver com a cobra pré-histórica que achavam que era.

Após essa verificação, descobriu-se que tratava-se de uma instalação de arte, que possui 130 metros de comprimento, confeccionada em metal imitando um “esqueleto de cobra” na cidade francesa de Saint-Brevin-les-Pins.

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Essa estrutura artística, inclusive, foi batizada com o nome “Le Serpent d’Océan”, sendo ela de autoria do artista chinês contemporâneo Huang Yong Ping. Ela foi instalada nessa região da costa francesa em 2012, e até hoje ela ainda impressiona os turistas que por lá passam.

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