Uma camada de espuma em um trecho do Rio Itajaí-Açu, em Blumenau, chamou atenção de quem passou pela Rua 2 de Setembro na manhã desta quarta-feira (29). O material branco, de cheiro forte, surgiu na água nas primeiras horas do dia. Responsável pelo tratamento do esgoto da cidade, a BRK Ambiental informou que o fenômeno pode acontecer e há uma explicação para isso.

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A espuma se formou nas saídas da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Fortaleza e do ribeirão Fortaleza. Ambos os canais ficam lado a lado, conectados ao Rio Itajaí-Açu, no bairro Itoupava Norte. A espuma desceu para o rio e, com o grande volume de água, foi se dissipando durante o trajeto.

O engenheiro sanitarista e ambiental Vinicius Ternero Ragghianti analisou as imagens e explicou que, apesar de não ser o ideal, cenas como essa podem ocorrer por diversos fatores, como problemas momentâneos na operação da estação de tratamento ou movimentação mais intensa da água. Na maioria dos casos, a espuma é causada por produtos de uso doméstico.

Em nota, a explicação da BRK relaciona justamente os dois pontos trazidos pelo especialista: movimentação mais intensa da água e produtos domésticos. Segundo a empresa, detergentes e outros itens de limpeza que permanecem na água já tratada acabam gerando mais espuma que o normal por conta da agitação na escada de dissipação hidráulica, às margens do rio. A chuva influencia nesses momentos, pois gera mais volume no que é captado.

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Espuma se formou na saída do esgoto tratado e do ribeirão Fortaleza
Espuma se formou na saída do esgoto tratado e do ribeirão Fortaleza (Foto: Patrick Rodrigues)
Escada hidráulica do emissário da Estação de Tratamento de Esgoto
Escada hidráulica do emissário da Estação de Tratamento de Esgoto (Foto: Patrick Rodrigues)

A BRK garantiu que o excesso na quantidade de produtos de limpeza presentes na água tratada não impactou a qualidade mínima exigida pelas normas ambientais. Por fim, acrescentou que o “ribeirão Fortaleza ainda recebe grande volume de esgotos não coletados, bastante carregado com detergentes e diversos produtos de limpeza, de grande parte da bacia coletora do bairro Fortaleza que ainda não tem o sistema público de esgotamento sanitário implantado”.

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