Neste sábado (24), um dia após encontrar uma banana na porta do apartamento, em Florianópolis, a esposa do volante Wellington, do Avaí, disse que enfrentar o racismo faz parte do seu dia a dia.
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— É meu cotidiano — disse Aline Verteiro ao G1 SC.
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A biomédica afirmou que a cena foi dolorosa para ela e dois filhos. Ela diz que o mais velho, de 9 anos, já entende o simbolismo da situação.
— Machuca, claro. Foi difícil. A gente lida com situações diárias. Pra nós que somos negros é muito comum. O racismo é o meu cotidiano. A banana na porta é o de menos — lamentou.
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Questionada sobre o boletim de ocorrência, Aline disse que vai esperar o jogo do marido passar para conversarem sobre a situação e decidir o que fazer.
— Temo que alguma criança ou adolescente não instruído pelos pais, a gente sabe que a educação vem de berço, tenha feito isso querendo ‘brincar’. E se for, não quero expor a criança. Se precisar eu mesma converso e explico o que isso significa. Tem que ser punido, mas da melhor forma — ressalta.
Nas redes sociais, Wellington publicou a fotografia da banana na porta de casa e escreveu: “Hoje aconteceu um fato que não tem como deixar passar. Atacaram minha família. Algum covarde fez isso. É revoltante. Ato de racismo na porta de casa”.
O atleta e a família moram na região central da capital de Santa Catarina. Na publicação ele ainda disse que vem sofrendo ofensas diárias.
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“Não é de hoje que minha esposa vem sofrendo esse tipo de covardia, seja com olhares ou risadinhas de canto”, publicou.
O Avaí colocou seu departamento jurídico à disposição do jogador. O governador Jorginho Mello disse que é intolerável “esse tipo de violência” e chamou o ato de covarde e repugnante.
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