Nunca houve apenas uma Cássia. Havia aquela do palco, transgressora, sem medo de dar a cara a tapa; e havia a artista tímida, que desviava o olhar e preferia, ao estar com os pés no chão, não encarar os holofotes. Ao revelar a trajetória da cantora em Cássia Eller – o Musical, que fará quatro apresentações em Joinville neste fim de semana, estas facetas são mostradas sem risco de se tornarem ofuscadas por qualquer outro elemento a não ser a essência principal da artista.
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É a música – a que ela fazia e a que amava – que pontua os principais momentos da vida da protagonista, aqui interpretada pela cantora Tacy de Campos, em um espetáculo intimista.
– Acho que o público era fascinado por isso: Cássia era moleca, um vulcão em cena, mas fora do palco era avessa à badalação, gostava de curtir a vidinha dela – avalia João Fonseca, que divide a direção do espetáculo com Vinicius Arneiro. – Então, a peça não é só para matar a saudade, mas para saber mais como foi construída esta artista.
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Cássia Eller – o Musical apresenta, cronologicamente, a história da carioca a partir dos 18 anos, quando, ao chegar em Brasília, começou a trabalhar como cantora – foi corista de ópera e integrante de grupo de forró. Esse ecletismo que Cássia carregava aparece entre as 39 canções executadas ao vivo no palco, a partir de uma trilha sonora pensada pela baterista Lan Lan, que tocou na banda da cantora durante anos.
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O musical conta com 12 atores em cena, que se dividem entre diferentes personagens, e cinco músicos. No palco, o cenário simples conta apenas com cadeiras, já que a história é ilustrada pelas cenas e músicas que resgatam o mundo de Cássia Eller.
– O espetáculo tem a cara da Cássia: é intimista, valoriza a música, como um show acústico, que era como ela se sentia bem. Atores e banda são uma coisa só e interagem da mesma forma que Cássia interagia em seus shows – afirma João.
Momentos importantes, como a paixão por Maria Eugênia, o nascimento do filho e a amizade com Nando Reis, também estão palco, fruto de uma pesquisa intensa feita pela dramaturga Patrícia Andrade. A peça segue a personagem até o fim da vida, aos 39 anos.
Tacy, que assumiu a responsabilidade de ficar com o papel principal após uma audição que testou mais de mil atrizes, ainda saía da infância na época. Agora, ela é considerada a melhor escolha para “reviver” Cássia Eller.
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– O “cantar parecido” não era tão preocupante quando começamos a buscar a atriz. Queríamos alguém que pudesse, principalmente, traduzir a alma de Cássia. Tacy lembra Cássia na personalidade e tem o temperamento muito parecido, ela é fascinante – analisa o diretor.
Agende-se:
O QUÊ: Cássia Eller – o Musical.
QUANDO: sexta-feira, às 21h; sábado, às 17h e 21h; e domingo, às 19h.
ONDE: Teatro CNEC (avenida Getúlio Vargas, 1.266, anexo ao Colégio Elias Moreira).
QUANTO: entre R$ 50 e 80, hoje e amanhã (17h); e entre R$ 50 e R$ 90, amanhã (21h) e domingo. Ingressos à venda no site Ticket Center e na Target Idiomas. Meia-entrada para estudantes, professores, idosos e clientes Banco do Brasil Seguridade e Seguridade Vida Mulher.