A prata conquistada nesta sexta, dia 27, em Atenas, representou uma dupla vitória para Rodrigo Pessoa. Além de ter conseguido sua primeira medalha olímpica individual, após o bronze por equipe em Atlanta/1996 e Sydney/2000, o resultado serviu para recuperar o prestígio do cavalo Baloubet du Rouet.
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– Espero que agora o povo brasileiro perdoe Baloubet pelo problema de Sydney – disse, emocionado, o cavaleiro brasileiro, referindo-se às três refugadas do animal que acabaram resultando na perda de uma medalha dada como certa pelos torcedores brasileiros.
Preocupado em dividir com a equipe que trabalha com ele há vários anos os méritos pela conquista da medalha, Rodrigo procurou ressaltar também as qualidades da sua montaria.
– O Baloubet é um cavalo feito em casa – comentou, já que todo o desenvolvimento do animal foi feito no Centro Eqüestre de seu pai, Nélson Pessoa, o Neco, na Bélgica.
– Parece que foi ontem que ocorreu aquele desastre de Sydney – declarou Pessoa, feliz em constatar que o cavalo recuperou o prestígio.
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O cavaleiro já disse que pretende defender o Brasil novamente nos Jogos de Pequim/2008. Baloubet, porém, faz a sua despedida em Atenas.
– Tenho condições de agüentar mais quatro anos. Ele (Baloubet) só deve participar de competições por mais dois anos – revelou.
Mas o cavalo vai se aposentar com um currículo invejável. Além da medalha de prata olímpica, levou Rodrigo ao título de três Copas do Mundo.
– Ele ganhou muitos campeonatos antes de Sydney e conquistou muitos outros depois disso também.
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Rodrigo agora não terá nem tempo para descansar e comemorar a conquista da medalha de prata. Ele já embarcou para Kiev, na Ucrânia, para a disputa de uma competição, neste sábado à tarde. O cavaleiro vai saltar com uma montaria emprestada.
As informações são do Comitê Olímpico Brasileiro.