Guilherme Siqueira está próximo de conseguir a nacionalidade espanhola. Mesmo assim, o sotaque entrega que o lateral-esquerdo do Granada é florianopolitano. O atleta catarinense está em alta na Europa e a boa temporada na Espanha chamou a atenção de outros clubes europeus – como o inglês Everton – e, principalmente, da seleção espanhola. Com problemas na lateral esquerda, um dos auxiliares de Vicente del Bosque, técnico da Fúria, cogitou convocar Siqueira. Desde então, o jogador trabalha para trocar seu passaporte italiano pelo espanhol. Antes de começar a temporada europeia, Siqueira visitou a redação do DC e conversou sobre sua trajetória.
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Diário Catarinense – Você está perto de se naturalizar espanhol, certo?
Guilherme Siqueira – Estou esperando para pegar o passaporte espanhol. Vou ter que largar o italiano. Dependo do consulado de Madri enviar a documentação. Sei que os advogados do meu clube (Granada) estão acelerando esse processo, que pode levar de uma semana a um ano. Fiz isso devido ao fato de terem cogitado meu nome para a seleção espanhola e estávamos usando isso para pegar esse passaporte.
DC – Como você vive esta expectativa de vestir a camisa da Fúria?
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Siqueira – Não vivo, não faz parte do meu dia a dia, porque isso é uma consequência do trabalho. Mas, como eu sempre falo, sou brasileiro e, se tivesse que fazer uma escolha, eu escolheria a Seleção Brasileira, mas no futebol tem que ser profissional. Me sinto espanhol, porque eles me tratam superbem e, se me chamassem, eu iria sem problemas.
DC – Você tem propostas, pretende deixar o Granada?
Siqueira – O objetivo é esse. Sei que nos três anos em que estou no Granada o meu valor aumentou muito. O Granada pode ser um trampolim para o futebol mundial. Mas isso não vai depender só de mim. Minha opinião é que chegou o momento. Só que tenho um preço e isso não depende só de mim. Isso vai até o final de agosto e espero concretizar o mais rápido possível.
DC – Você tem preferência por algum país?
Siqueira – Tinha preferência pela Espanha, se pudesse ficaria lá. Mas hoje o futebol inglês está tão avançado, o francês também. Porém, a vontade é de ir para a Inglaterra.
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DC – O Adriano Imperador ajudou muito quando você, ainda na Internazionale, de Milão, sofreu uma grave lesão no joelho?
Siqueira – Assim que eu operei, fiquei tratando durante o mês de maio sozinho porque o pessoal estava de férias. Quando os jogadores voltaram, comecei a me recuperar com o estafe profissional do clube. No terceiro dia, eu estava de muleta perto do vestiário e queria conhecer o Adriano. Ele passou, veio falar comigo e conversamos. Ele foi fora de série comigo, me ofereceu a casa dele para eu ficar, botou um carro à minha disposição. E dessa necessidade nasceu uma amizade. Eu o acompanhava no profissional. A gente se distanciou, mas continua um carinho.
? Confira vídeo com um bate-papo sobre o futebol espanhol