Tem o mesmo nome do pai. O Romário de Souza Faria é acrescido de Filho, fruto da união do craque com a ex-modelo Mônica Santoro, que empresta grande parte dos traços. Quando aos 24 anos, em 1990, o Baixinho amargava a lesão que o tirou da Copa da Mundo da Itália, em momento em que se tornava um dos grandes nomes na história do PSV Eindhoven, da Holanda. Na mesma idade, o filho tem no Figueirense a esperança de enfim brilhar no futebol por suas próprias pernas e jogadas.

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A formação como jogador foi na base do Vasco, clube em que o pai foi ídolo e marcou seu milésimo gol. A origem é mais um motivo que estreita as comparações. Mas a partir da profissionalização a trajetória foi diferente. O garoto saiu de São Januário para jogar no Brasiliense, voltou ao Cruzmaltino, foi ao futebol japonês e no último ano defendeu o Macaé e o Tupi-MG. Agora, também distante de casa, é difícil se desvincular de Romário. Principalmente em relação às cobranças.

– É pesada, e eu estou preparado para aguentar. Eu sempre preciso provar que estou no caminho certo. Pelo meu pai ter sido o maior atacante da história, tenho sempre que provar. Sei lidar com críticas, mas confio no meu futebol. Acho que chegou minha hora no futebol brasileiro – garante o menino que nasceu em Barcelona, durante o período em que o Baixinho empilhava gols pelo Barça.

O pai estará a partir desta sexta-feira em Florianópolis, joga futevôlei com os amigos e participa de futebol beneficente no fim da tarde de domingo, no Porto da Lagoa, em prol de associação de amparo a autistas. Enquanto o Baixinho estiver envolto em compromissos, Romarinho vai estar na reta final de preparação do Figueirense para o Campeonato Catarinense, com a estreia marcada para as 21h45min da próxima quarta-feira, contra o Criciúma, no Orlando Scarpelli.

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Até lá, um dos 14 reforços do Figueirense para o elenco de 2018 tem mais alguns dias para melhorar o condicionamento físico, o entrosamento com os companheiros e tentar uma vaga entre os titulares. Além do gestual à espera do último passe para a finalização, a pré-temporada mostra que Romarinho também abre as pernas e estica os braços quando o toque do companheiro não é endereçado a ele. A esperança do torcedor alvinegro é que a habilidade dele nos arremates ao menos lembre o pai. O comportamento em campo, ao menos, está no sangue.

– Sempre vi os vídeos dele e lógico que algumas jogadas eu tento copiar, mas algumas coisas é automático – justifica Romário Filho.

Por outros caminhos, Romarinho tenta mostrar que filho de Peixe, Peixinho é.

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