O sonho de retorno ao futebol profissional do Carlos Renaux e, principalmente, do Paysandu, no ano que vem, pode ser frustrado pelo empenho do prefeito Ciro Roza em fortalecer o Brusque Futebol Clube. Comenta-se nos corredores da prefeitura, que além de indicar o novo presidente do clube, o secretário João Beuting, outros nomes estariam cotados para fazer parte da nova diretoria. Entre eles o de Esébio Pereira Neto, o Caloca, e Rubens Fachini. Poder de barganha A situação vivida pelo Brusque parece tornar-se um tônica na região. O futebol depende muito do Poder Público para dar certo. Dificilmente o clube consegue se manter durante a temporada sem o auxílio estrutural e, principalmente, financeiro dos prefeitos. Não que necessariamente sejam utilizados recursos municipais, mas o prefeito tem lá suas cartas na manga para incentivar a iniciativa privada a investir no futebol. É só ter vontade política para tanto. Falta visão empresarial O empresário que investe no esporte com a finalidade de ajudar ou ver o nome de sua empresa estampado no jornal ou ouví-lo em verso e prosa nas emissoras de rádio e televisão está completamente fora da realidade. Tal procedimento não acontece em lugar nenhum do mundo. Imagine o cidadão abrindo um jornal ou ligando a televisão e o locutor anuncia o nome do time: “Está entrando em campo Blumenau/Fulano/Beltrano/Ciclano/FMD”, ou então na hora do gol, por exemplo. Investir no esporte é um negócio como qualquer outro. Se investe, e tem lá seus riscos e retorno. O que o empresário precisa contar é com uma boa assessoria de imprensa e outra de marketing, que trabalhem no sentido de reverter o dinheiro empregado em lucro para o investidor. Vida nova Completamente modificado, o time do Ipiranga entra em quadra hoje à noite, para enfrentar o Bom Jesus de Joinville. Além de ter que apagar a má impressão deixada nos Jogos Abertos, precisa vencer para continuar sonhando com a Liga Nacional. Pro futuro A professor Ema Egerland está a mil por hora na organização do Campeonato Estadual Mirim de Ginástica Rítmica Desportiva. A competição será realizada sábado no Clube Ipiranga, em Blumenau, e deverá reunir cerca de 150 meninas até 10 anos de idade. Galeria UM CALENDÁRIO mais regionalizado para o futebol no Brasil não chegar a ser novidade. Bem antes da institucionalização dos campeonatos estaduais e brasileiros, as competições regionais já existiam e eram as grandes vedetes do esporte. Na Região do Vale do Itajaí, por exemplo, o Campeonato Regional era bastante disputado e popular entre os anos 40 e 70. Clubes fizeram histórias como o Amazonas, do Bairro Garcia de Blumenau, campeão de 1953, ao derrotar o Clube Atlético Progresso por 4 a 0. Olho vivo Ditadura: Não bastasse a falta de investimentos no esporte, tem dirigente em Blumenau repreendendo alguns atletas por declarações dadas à imprensa. Pra aprender: Algumas meninas da ginástica rítmica desportiva do Ipiranga, que não tiveram espaço na equipe de Blumenau, competiram e foram campeãs por Florianópolis. Olimpíadas: Blumenau sediará neste fim de semana a 20ª edição do Encontro do Cooperativismo Catarinense, que reunirá 3 mil atletas. Dever cumprido: “Independente dos resultados, o mais importante é que todos saíram satisfeitos de Itajaí”. De Noemi dos Santos Cruz, organizador dos Jogos Abertos.
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