A dona de casa Joana*, 53 anos, é uma das pessoas que retira fluoxetina na farmácia básica em Blumenau. A mulher, que cuida dos pais, não lembra desde quando toma antidepressivo. Só recorda que antes não conseguia sair da cama. Para controlar os nervos, toma um comprimido de manhã e outro à noite.

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_ Tenho problemas desde os 12 anos. Meu problema é neurológico, depressivo. Além da minha mãe acamada com Alzheimer, tenho que conviver com meu irmão que é alcoólatra e não quer se tratar. Nessa situação, nunca vou melhorar.

Além de ambiente saudável e tratamento medicamentoso, pessoas depressivas precisam de terapia auxiliar para expor o que sentem e se conhecerem, alerta o filósofo, teológo e parapsicólogo Henrique Pagnoncelli.

Professora de Psicologia da Furb, Catarina de Fátima Gewehr cita como alternativas fitoterapia, acupuntura e homeopatia. Ela alerta que uma das formas de prevenir a depressão é ficar sozinho só o necessário para lembrar de familiares e amigos como alternativa para juntar forças e encarar os problemas.

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Apesar dos versos de Vinicius de Moraes de que “pra fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza”, ser triste sempre não é normal. Segundo a especialista em Filosofia da Saúde e Doutora em Enfermagem Maria Tereza Leopardi, a tristeza não é necessária, mas é preciso certa dose de compreensão sobre as possibilidades de aprendizado com as experiências.

* O nome foi alterado para preservar a personagem.