A queda nos números da Texfair Home, tanto em expositores quanto em visitantes, expôs uma fragilidade da cidade e levanta a questão: afinal, apostar em grandes feiras é a saída mais viável para Blumenau despontar no setor de turismo de eventos? A última edição da Texfair, que encerrou na sexta-feira, teve redução de 30% no público e diminuição de expositores _ foram 220 em 2011, enquanto a feira de 2013 contou com 120.
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Os motivos da queda do evento que sempre foi uma aposta para o município não tem relação com a estrutura física. A Vila Germânica é considerada um dos melhores lugares do Estado para atividades deste porte. Contudo, junto ao local, representantes do setor apontam a construção de um centro de convenções como fundamental. Ele seria ponto principal para o crescimento na captação de eventos.
Esse novo local teria o objetivo de abrigar atividades de médio porte, com público de até 2,5 mil pessoas e que precisam de uma estrutura com auditório e salas de apoio. Segundo o presidente do Blumenau e Vale Europeu Convention & Visitors Bureau, Emil Chartouni Neto, cerca de 95% dos eventos no país são deste tamanho.
Com a alternativa do centro de convenções, seria possível captar eventos menores, mas em maior número e ao longo do ano, o que refletiria na ocupação regular dos hotéis, no aumento de público nos restaurantes, nas vendas do comércio e assim por diante. As grandes feiras já estão consolidadas e são fixas nas cidades de origem, sendo praticamente impossível a migração, explicou Chartouni.
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Para o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sihorbs), Richard Steinhausen, Blumenau enfrenta forte competição no mercado nacional. Cidades do Sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, conseguem oferecer benefícios que o interior não pode.
Na opinião do diretor-presidente do grupo Fcem, Hélvio Roberto Pompeo Madeiro, responsável pela Feira Brasileira da Indústria Têxtil (Febratex), Blumenau tem todo um charme que deveria ser melhor explorado. Segundo ele, as forças empresariais, governo e empreendedores deveriam se reunir e discutir como melhorar o que já se tem.
>>Confira a reportagem completa na edição impressa do Santa desta terça-feira.