
Como o estagiário está em processo de aprendizagem, é preciso tratá-lo de forma diferenciada.
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– Antes da atual Lei do Estágio, existia a cultura de colocar o estagiário em qualquer setor que precisasse de funcionário. A legislação exige que as atividades do estudante estejam de acordo com a matriz curricular do curso em que ele está matriculado -, explica Camila Leal, da Across.
As instituições de ensino são parceiras na colocação profissional dos estudantes e, além de se certificarem da carga horária – de até seis horas por dia – conferem se o perfil da vaga está compatível com as ementas do curso.
Nos dez escritórios da Martinelli Advocacia Empresarial no Brasil, as vagas são preenchidas com o apoio de instituições de ensino.
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A Martinelli ainda oferece dois tipos de vagas: para estudantes no início do curso e para os que estão no fim do curso, com chances de contratação como efetivo.
– No último ano, contratamos todos os estagiários que concluíram o curso. Temos consciência de que estamos formando profissionais para o mercado de trabalho. Mas também reconhecemos os talentos que desenvolvemos aqui dentro. Por isso, buscamos a valorização do trabalho que eles realizam -, afirma Rafael Dias, gerente de recursos humanos da Martinelli.
Escolha por competências

Premiar as melhores práticas é uma estratégia para incentivar empresas a desenvolverem novos talentos. Em 2007, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) criou o Prêmio IEL de Estágio para destacar os principais projetos do País.
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É a maior cerimônia do gênero no Brasil e recebe inscrições de empresas parceiras da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e federações estaduais vinculadas. Hoje, cerca de 100 mil empresas e 320 mil instituições de ensino estão aptas a participar do processo.
– Existe um processo de auditoria nos selecionados. Para reconhecer os melhores programas, é preciso ter certeza de que tudo está sendo desenvolvido com excelência. Desde as questões legais até a orientação acadêmica e profissional -, explica Hellen Cristina Gomes, analista de desenvolvimento industrial do IEL.
As comissões avaliadoras acompanham a empresa concorrente para a avaliação. No Prêmio IEL, empresa, estagiário e universidade ganham o mérito.
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A empresa ganha troféu; o professor-orientador, medalha; e o estagiário, algum equipamento que o ajude nos estudos, como notebook.
– As práticas-referência são as que promovem a inovação no ambiente empresarial, que não precisam ser, necessariamente, voltadas à área tecnológica. Deve ser algo que melhore os processos internos e que mostre que o estagiário pode agregar à empresa que o está desenvolvendo para o mercado -, diz.
Dicas para manter uma boa relação
– Entenda que ele está em um processo de aprendizado.
– Busque boas referências acadêmicas, como notas, projetos e iniciativas.
– Mantenha feedbacks constantes.
– Passe tarefas com graus de dificuldade que aumentem de acordo com o desempenho.
– Explique as atividades e o comportamento a serem seguidos.
– Não peça para que ele faça ações que não correspondem à área de estudo para a qual foi contratado.
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– Aproveite e reconheça as boas ideias que ele pode trazer e dê espaço para o desenvolvimento de novas práticas.
Onde encontrar mais informações
Centro Integrado Empresa-Eescola (CIEE)
Instituto Euvaldo Lodi (IEL)
www.portaldaindustria.com.br/iel/
Núcleo Brasileiro de Estágios