A possibilidade de uma internet livre e democrática e a importância do ciberativismo no momento em que muitos brasileiros saem às ruas estiveram entre os temas debatidos nesta quarta-feira no Fórum Internacional do Software Livre (Fisl), em Porto Alegre. Críticos das grandes empresas por trás das redes sociais mais populares, participantes incentivaram o uso de outras ferramentas para garantir privacidade e independência.

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Pelos corredores do Fisl, circulavam criadores do software livre, como Jon “Maddog” Hall, diretor executivo da Linux Internacional, que incentiva os brasileiros a desenvolverem seu próprio software, em vez de usar os americanos. Outro palestrante, o sueco Tobias Andersson, um dos fundadores do The Pirate Bay, falou sobre downloads gratuitos. Neville Roy Singham, fundador da ThoughtWorks, criticou a falta de ambiente livre e democrático na internet.

– A internet, que foi feita para democratizar, virou uma ferramenta de espionagem – afirmou, referindo-se ao programa americano Prism, que monitora a rede e telefones.

Para Singham, empresas como Apple e Microsoft, e empresários como Bill Gates, da Microsoft, e Mark Zuckerberg, do Facebook, são os “inimigos do momento”. Também questionou o senso comum que aponta redes sociais como fonte de manifestações como as do Brasil e do Egito.

– Protestos já aconteciam há muitos anos, em uma época em que não havia Facebook e Twitter. As pessoas são motivadas para ir às ruas por algo que está errado e não pelas redes sociais – sustentou Singham.

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A 14ª edição do Fisl começou nesta quarta-feira vai até sábado no Centro de Eventos da PUCRS.