Homem que é homem tem que ter uma barriguinha, diz a máxima popular a qual alguns preguiçosos adoram se apegar. Para satifação de quem não é muito afeito à malhação, a gordurinha abdominal masculina parece que está virando moda.

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A barriguinha apareceu em alguns editoriais de moda espalhados pelos quatro cantos do planeta e ganhou força no verão de Nova York, quando tribos que ditam tendência de vestuário e comportamento priorizaram o adbômem saliente. A tendência (será que pega?) iniciou um debate no mundo fashion – nas ruas, nas baladas, na praia: será o fim da barriga “tanquinho”, aquela em que o abdominal masculino mais parece gomos de pedra?

Mural: Você acha que é o fim da barriga “tanquinho”?

Para o designer de moda Carlos Reinke, há claros indícios de mudança no padrão de beleza masculino. Com a popularização dos metrossexuais, há cerca de 10 anos, o estereótipo do homem bonito passou a ser corpo depilado, rosto “bundinha de nenê” e músculos trabalhados na academia.

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– Agora, até as novelas começaram a exibir galãs de barba. Há uma tendência de valorização do perfil mais rústico, menos perfeito. A barriga será uma consequência disso – afirma Reinke, lembrando que “essas coisas ocorrem gradualmente”.

Há ainda muitas entusiastas da barriga “tanquinho”, como o badalado jornalista do The New York Times, Guy Trebay. Não se trata de uma apologia ao sedentarismo: ele e sua turma defendem exercícios físicos – só condenam o excesso. .

E as mulheres?

As moças exageradamente saradas também estão com os dias contados, segundo a coordenadora do Grupo de Tendências Comportamentais da Feevale, Marina Cezar. Nos últimos anos, afirma Marina, houve uma inversão nos valores estéticos: homens mais feminilizados, mulheres mais masculinizadas. As mulheres-frutas e assistentes de palco com coxas robustas e músculos salientes devem perder espaço para um perfil mais delicado.

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– Quando chegamos a um extremo, não há mais para onde ir. A tendência é o recuo – diz a professora.

Questão de saúde

Ninguém estimula uma barriga enorme – é o marcador mais visível da saúde. Se a circunferência do abdômen de um homem passar dos 102 centímetros, ele entra no grupo de risco para problemas cardiovasculares e diabetes. Para as mulheres, o limite é 88 centímetros, segundo o cardiologista Luiz Carlos Bodanese.

* Com informações de Zero Hora