Discutir as possibilidades de melhoria da educação e formação profissional é o objetivo do Workshop Internacional de Educação, que acontece nesta quinta-feira, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Participam do evento Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, Andrzej Maria Braiter, embaixador da Polônia e Kauko Kalevi Hämäläine, da Universidade de Helsinque da Finlândia.

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Os palestrantes internacionais contam sobre as experiências de educação em seus países e como se tornaram referência na área. A Finlândia já ocupou o primeiro lugar no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), ranking internacional de desempenho dos estudantes, e hoje está entre os melhores do mundo. Kauko Hämäläine explica que um dos motivos é a formação técnica integrada ao Ensino Médio – opção de cerca de metade dos alunos do segundo grau. Os estudantes desta modalidade sentem-se mais motivados a estudar pois o treinamento vocacional torna mais fácil conseguir um emprego. Este modelo de estudos tem se tornado cada vez mais popular na Finlândia e em outros países.

O embaixador da Polônia, Andrzej Braiter ressalta que a formação de professores deve ser o foco do investimento em educação. É importante oferecer boas condições de trabalho mas, em contrapartida, deve haver um sistema de avaliação dos professores. Para ele, os alunos não podem ser responsabilizados pelo mal desempenho escolar.

– Você tem que criar metas em termos de competências que o aluno tem que alcançar. Se ele não consegue, é o professor que deve ser responsabilizado.

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O país escolheu investir em matemática, por acreditar que este era o forte do país e observar certa defasagem na área. A intenção é adaptar o ensino às necessidades do momento industrial do país para que a educação também faça sentido pro aluno. Na última década, a Polônia conseguiu uma evolução superior a 10% no desempenho dos estudantes em matemática, 9% em ciências e 8% em leitura.

Para Viviane Senna, os professores também são ponto fundamental para o desenvolvimento da educação. Ela defende o investimento em um conjunto de fatores que ajudem o professor em sala de aula, como ciência, diretores e coordenadores pedagógicos competentes.

– O que precisa é um esforço contínuo e eficiente com foco em resultados – diz.