Cinco especialistas do futebol catarinense deram sua opinião antes do grande jogo da final do Campeonato Estadual, entre JEC e Figueirense. A partida ocorre neste domingo, às 16 horas, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

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Juntos eles fazem uma breve análise de como está a expectativa para a partida e o que o torcedor pode esperar do jogo decisivo.

Equilíbrio e determinação

Nardela

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Acredito que o Joinville precise focar dois aspectos. O primeiro é manter o equilíbrio

emocional. Em função de tudo o que aconteceu no domingo, principalmente com

o Wellington Saci e aquela pressão toda, o time precisa entrar em campo muito

tranquilo, sem entrar na pilha de ninguém.

Em toda decisão é importante fazer isso, independentemente do que tenha acontecido antes. É importante os jogadores irem a campo pensando só em jogar futebol e nada mais.

O segundo ponto é o Joinville manter aquilo que fez muito bem durante todo o campeonato: ser muito aplicado defensivamente. Para mim, essa foi a maior virtude

do JEC em todo o campeonato. A consistência defensiva não se resume apenas à zaga, mas ao time como um todo.

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Se analisarmos os números, o Joinville tomou sete gols de bola parada e quatro gols

com a bola em movimento. Em 16 jogos, quatro gols com a bola em movimento é muito

pouco. Mas não acho que o JEC deva só se defender. O time tem que fazer o que tem

feito sempre: buscar os contra-ataques rápidos e o gol.

Fé no nosso pelotão em campo

Edenilson Leandro

O Campeonato Catarinense termina neste domingo. Tiro curto, corrida rápida. Lá por 18 horas já saberemos quem ri e quem chora. Torço, como torci na primeira temporada,

em 1976, pelo riso do JEC. Se não der, o plano B é torcer por um time altivo, de cabeça erguida. Mas ser campeão é o que importa. Uma batalha feroz se anuncia.

A vitória do JEC, dando-lhe o direito de poder empatar neste segundo jogo e o braço espalhado de Saci quase nocauteando um adversário, em lance digno de punição e não punido e que por isso correu o mundo em imagens, esquentam o duelo. Sangue-frio nosso JEC, o melhor da primeira batalha.

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O cenário é favorável. Entramos em campo campeões, o empate é nosso. O clima joga

a favor do Figueirense, mas é jogo em que até a arbitragem estará pressionada. O orgulho tricolor está em alta em mais uma esperada decisão.

A 13ª estrela é possível. A prova aí está, em campo, em final justa. Fé no nosso pelotão em campo. Fé no grande exército que espera fora de campo. Vamos à batalha final sob o mantra há poucos anos ressuscitado: o Tricolor voltou.

Camisa que entorta o varal

Lucas Balduino

O Figueirense está na Série A e o Joinville, na B. Eles têm 15 troféus do Catarinenses e o JEC “só” 12. Mas ninguém em sã consciência dirá que por causa disso o time do Estreito é favorito ao título na tarde deste domingo. O JEC é um time grande, tem uma torcida gigante em Santa Catarina e uma camisa de peso – daquelas que, se pendurada no varal, é capaz de envergar o arame.

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É com isso em mente que os jogadores do Tricolor precisam entrar em campo no Orlando Scarpelli. Eles precisam estar conscientes de sua grandeza, do tamanho da nação que estarão representando. Não será uma luta de interior contra capital, de Davi contra Golias. Vai ser um duelo de gente grande.

A torcida do Joinville já está há muito tempo esperando este presente e ela merece. Faça chuva ou faça sol, ela está lá presente na arquibancada, empurrando o time a plenos pulmões. Chegou a hora de o time retribuir essa parceria. Deste domingo, não pode passar.

Domingo da transpiração

Elton Carvalho

A final deste domingo é um daqueles típicos jogos nos quais as equipes devem ser mais transpiração do que inspiração. No caso do JEC, o peso da transpiração será

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ainda maior pelo fato de a equipe entrar em campo como campeã do Estado. Portanto,

são 90 minutos para o time continuar campeão e ficar definitivamente na história do

clube e do futebol catarinense.

É claro que se algum dos 11 jogadores estiver inspirado, a missão torna-se menos complicada. Mas não dá para esperar que alguém iluminado resolva o jogo e garanta o título. O futebol hoje é mais força do que técnica. Vence quem estiver comprometido, concentrado e consciente de que o jogo se resolve mais coletivamente e menos individualmente.

Domingo é dia de dar bico na bola, de sujar o calção, de catimbar, de correr até cansar,

de ser inteligente, de transpirar. Domingo é dia de ser festejado pela torcida. Domingo é dia de ser campeão catarinense.

O jogo mais importante

Jhonatan Cidral

Enfim, chegou a hora da verdade. A vantagem adquirida pelo Joinville no primeiro

jogo serve para colocar embaixo do braço e somente isso. Confiar no benefício do empate é credenciar-se a vice-campeão de forma antecipada.

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A ausência de Jael é algo para se lamentar, já que o camisa 9 tricolor é especialista em grandes jogos e sua presença na grande área é certeza preocupação aos defensores. Viana deve entrar na fogueira, mas jogador que quer ser grande precisa ser decisivo, e nada melhor como uma final.

O Figueirense tem o reforço de alguns de seus principais jogadores e o apoio de sua

torcida, mas isso também não o garante como o grande campeão. Talvez o chororô da

semana contribua em algo, mas isso só saberemos quando a bola rolar. Serão os noventa minutos finais do campeonato mais equilibrado e competitivo dos últimos anos, e certamente essas características estarão novamente em campo.