O martelo que vai decidir a execução do racionamento de energia será batido em março, quando o período de chuvas tiver chegado ao fim. Enquanto isso, o momento é de preparação de um plano de ação paralelo caso a situação se concretize.
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– É fundamental que as empresas não fiquem em posição passiva, apenas olhando as discussões e aguardando o resultado. É a hora de fazer uma análise do sistema de produção e operação para fazer um planejamento das atividades no caso do racionamento. É uma prevenção para grandes prejuízos -, explica Sandro Bittencourt de Souza, da RBE Energia, empresa que administra as soluções energéticas da Ciser, a maior fabricante de fixadores da América Latina.
A companhia, que faz parte do pólo industrial de Joinville, o maior do Estado, acompanha as discussões desde o início e, naturalmente, executa suas atividades visando o mínimo desperdício possível.
Posição semelhante às unidades da Whirlpool, líder no mercado latino-americano de eletrodomésticos, que trabalha com seus funcionários o consumo consciente de energia. O gerente da Celesc na região Norte catarinense, Eduardo Cesconetto, garante que a princípio nada mudará para o setor industrial.
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– Existe uma série de fatores que devem ser analisados. Se confirmado, o racionamento poderá, sim afetar. Mas ainda não é possível calcular os impactos -, argumenta.
Para o presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Mario Cezar de Aguiar, a situação é negativa. Ele conta que é preciso prestar bastante atenção para não ser pego de surpresa.
– As indústrias têm pedidos para entregar. Dependendo a intensidade do racionamento, afeta todo o ciclo de produção. O ritmo diminui, precisa mexer nos turnos, nos horários de pico -, diz o presidente da entidade.
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