Não é só postura, comportamento, roupa, linguajar e inexperiência que podem dificultar a conseguir um emprego ou crescer na profissão. A baixa autoestima pode ser tão nociva quanto todos esses outros quesitos juntos. É o que garantem os especialistas na área.
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Há três anos, Marta Ribeiro orienta pessoas a decidirem sobre o futuro profissional, uma das funções do chamado coaching. Segundo ela, é muito mais interessante ao empregador apostar em pessoas motivadas. Afinal, quem não tem autoestima não tem ousadia e confiança em si mesmo:
– Às vezes, não é nem questão de ter uma postura errada, é simplesmente não acreditar em si, o que vem de uma soma de fatores da vida da pessoa.
A psicóloga do Sistema Nacional de Emprego (Sine) Isabel Hammes afirma que o simples fato de achar que não se tem mais idade, ou que não será chamada pela pouca experiência já são, sim, um sinal de uma autoestima baixa. E quem não tem um foco, tende a perder a batalha.
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Segundo talento
De acordo com Marta, todas as pessoas têm um segundo talento escondido dentro de si. Não raro, elas acham que têm perfil para alguma coisa, trabalham a vida inteira com aquilo, mas, na verdade, não é bem isso. É quando a baixa autoestima ataca e a pessoa percebe que não gosta mais do que faz, tem medo de abandonar tudo de e investir em outro caminho.
Perigo na carreira errada
Por dois anos e meio, Daniela Girardi, 37 anos, foi gerente de uma empresa de cosméticos na Capital. Mas estava desmotivada. Preocupada, após 20 anos na área administrativa, Daniela passou por um processo de coaching e descobriu algo que nunca tinha percebido: tem muito talento para vendas. Hoje, além de ganhar mais, ela trabalha com o que gosta e está feliz.
– Hoje, eu me pergunto por que não comecei a fazer isso antes? – brinca.
Antes dessa mudança radical, no entanto, Daniela sofreu. Não conseguia entender o motivo da sua infelicidade. A baixa autoestima virou sua principal inimiga.
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Mudança é sempre dolorosa
Daniela chegou até a procurar algumas vagas, mas desmotivou-se ainda mais ao ver o salário. Até que procurou ajuda de um coaching – pois estava disposta a investir dinheiro para descobrir o que estava acontecendo. Foi a coragem que precisava para pedir demissão, em fevereiro, e entrar de corpo e alma no novo emprego.
– O comodismo é o nosso maior problema hoje, que nos impede de agir. Dói mudar – conta a hoje vendedora Daniela.
Afaste a baixa autoestima
::: Quando se perde o emprego, evite ficar em casa, um dia sequer. O “acho que mereço tirar umas férias antes de recomeçar” pode se estender mais do que o desejado e virar uma bola de neve.
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::: Enquanto você descansa, está perdendo a oportunidade de ser chamado em algum local ou de dar início a um processo de entrevistas. Contratações acontecem todos os dias, o mundo não para.
::: Jamais cogite depender só do seguro-desemprego, ou do dinheiro que recebeu na saída da empresa, mesmo que por pouco tempo. Você não sabe quanto tempo levará para conseguir um emprego.
::: O primeiro passo é encaminhar currículos para todas as empresas e sites possíveis e cadastrar-se em agências de emprego. Tenha preferência sempre em entregar pessoalmente o currículo.
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::: O currículo precisa estar sempre na vitrine, não na gaveta. É preciso agir antes que a baixa autoestima domine, e ela vai dominar.
Fonte: coaching Marta Ribeiro, psicóloga Isabel Hammes e assistente social Maristela dos Santos
Sine ajuda de graça
::: O quê: Serviço Psicossocial do Sine.
::: Quando: de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h.
::: Onde: na sede do Sine em Florianópolis, na Avenida Mauro Ramos, 722, Centro.
::: Mais informações: o atendimento é apenas presencial.