Não é para entrar em pânico. Mas é, sim, para tomar todos os cuidados. Essa é a dica da médica sanitarista Carin Albino, da Vigilância Epidemiológica de Joinville, para encarar a gripe A em Joinville e na região. A especialista orientou a série de reportagens de “A Notícia” que começou no domingo e termina nesta quarta-feira.

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No consultório onde atende pessoas gripadas, a médica usa máscara por recomendação do Ministério da Saúde. Fora dele, segue as recomendações de lavar bem as mãos, proteger-se ao tossir ou espirrar, manter distância de um metro ao falar com pessoas gripadas, não compartilhar objetos.

– Nesse momento, em Joinville, é o que há de mais prudente a fazer, além de evitar lugares pouco arejados e com muitas pessoas – recomenda a especialista.

É o que a gerente das unidades de Vigilância em Saúde, Jeane Regina Vieira, e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Tadiana Maria Moreira, também orientam. Mesmo que haja pequenas divergências, a opinião de especialistas é baseada num plano mundial para combater a doença. A estratégia começa na Organização Mundial da Saúde (OMS), é reproduzida pelo Ministério da Saúde, passa pelas Secretarias e Vigilâncias estaduais e chega aos técnicos que trabalham nas cidades.

Quase tudo o que esses especialistas dizem é baseado em números que vêm dos casos confirmados e das mortes. Esse acompanhamento mostrou que há um grupo de risco, formado por obesos, grávidas e idosos, que representam 15% dos casos em que há morte. De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, divulgado às quintas-feiras, a taxa de mortalidade (mortes por habitantes) da gripe A no Brasil era de 0,02%. Parece quase nada, mas isso não quer dizer que não é preciso cuidados.

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Eles são necessários justamente para evitar que esse índice cresça. Orientações básicas, como lavar as mãos com álcool em gel, por exemplo, podem mudar. Se, amanhã ou depois, o relatório do Ministério da Saúde mostrar dados diferentes, a recomendação das autoridades pode ser outra, dizem os especialistas. E, de novo, isso não é motivo para se alarmar. Nem para acreditar em boatos que correm pelas ruas.

– As informações das autoridades sanitárias são sérias e permitem buscar recursos para combater a doença – garante a médica sanitarista Carin Albino.

VOCÊ PERGUNTA, O MÉDICO RESPONDE

No último dia da série de reportagens sobre como a gripe A alterou a rotina dos moradores de Joinville, especialista responde a perguntas feitas por leitores no AN.com.br.

Clique no link ao lado e confira as perguntas e respostas.