O Diário Catarinense procurou três especialistas da imprensa gaúcha para avaliar que Grêmio virá ao Orlando Scarpelli encarar o Figueirense, neste sábado, às 19h30min.

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Diogo Olivier, Luis Benfica e Luiz Zini Pires, articulistas e comentaristas do Grupo RBS, mandaram suas opiniões, que convergem para o fato de que o Tricolor Gaúcho vira a Floripa para jogar, mas a mente estará voltada à Copa do Brasil. Confira:

Luis Benfica:

“Por alguns dias, o Brasileirão deixa de existir para o Grêmio. Isso inclui este sábado, 29 de outubro, que marca a partida contra o Figueirense. Essa data sumiu do calendário do clube.

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A perspectiva de avançar para a final da Copa do Brasil anestesia torcida, direção e comissão técnica. Se, dias atrás, ganhar um título depois de 15 anos rivalizava com o sonho de ver o Inter rebaixado, agora, com a melhora da situação do rival, erguer uma taça passou a ser a única ambição tricolor.

O Grêmio levou só o corpo a Florianópolis.

A alma já está na Arena, esperando o segundo jogo contra o Cruzeiro”.

Diogo Olivier:

O Brasileirão, que havia voltado a interessar ao Grêmio quando passou a ter G-6 em vez de G-4, agora é pura administração institucional. Ninguém diz isso publicamente no Grêmio, é claro, pois há a formalidade do jogo de volta da semifinal contra o Cruzeiro.

Mas é fato: corações e mentes gremistas estão obcecados por um título após 15 anos de seca. A rigor, faltam 190 minutos para tanto. Só que os reservas vão a campo contra o Figueirense justamente por isso: foco.

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Não é só para descansar titulares, mas também porque estes estão com a cabeça longe do Brasileirão. Os reservas, ao contrário, querem repetir o bom papel mostrado contra o Santos, na Vila, quando a vitória não veio por detalhe.

Luiz Zini Pires:

“No ABC do Grêmio, o B, de Brasileirão, perdeu sentido seis rodadas antes do final do Brasileirão. Ficou o C, de Copa (do Brasil), e o T, de título, taça que o clube não toca desde 2001.

A sensação de que o time pode conquistar o troféu do torneio se aproximou da esperança depois da grande partida contra o Cruzeiro (2 a 0), no Mineirão, no jogo de ida. Claro, tem o da volta, tudo está aberto.Em Minas, o Grêmio fez um jogo de pura exceção. Se repetir o desempenho, as chances da volta olímpica são reais.

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O que significa que em Floripa, Renato usará um time alternativo, experimentará jovens atletas, chamará reservas e escalará uma equipe que nunca atuou junta. O Brasileirão não importa mais. A saída triunfante (ou não) de 2016 será pela Copa do Brasil. Não há outro caminho.”