Os avanços no campo da saúde aumentaram a sobrevida média da população. Um dos grupos que mais crescem é o das pessoas com mais de 80 anos, confirmando que o envelhecimento da população é uma tendência mundial.

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Para envelhecer com qualidade de vida é importante prestar atenção aos cuidados com o coração, que também sofre com a passagem dos anos. Não há como evitar esse processo, mas existem maneiras de minimizar os seus efeitos e viver melhor. O controle nos fatores de risco modificáveis é essencial para o bom funcionamento do coração senil, segundo o cardiologista Maurício Jordão.

– O tratamento da hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia (alterações no colesterol) são fundamentais, não apenas com medicações específicas para cada doença, mas também com modificações no estilo de vida com atividade física e dieta pobre em gordura saturada e rica em fibras – afirma o cardiologista.

::: Envelhecer bem

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Outro fator modificável é o tabagismo, segundo Jordão, e seu impacto negativo vai além do sistema cardiocirculatório. De acordo com o cardiologista, o termo envelhecimento bem-sucedido refere-se a idosos com capacidade física e cognitiva preservadas. O que contribui para isso são fatores psicossociais e genéticos.

::: Fatores de risco

– Hipertensão arterial;

– Diabetes;

– Aumento nos níveis de colesterol;

– Tabagismo;

– Sedentarismo;

– Antecedentes familiares.

As doenças e os ataques cardíacos atingem todas as idades. Ao contrário do senso comum, homens e mulheres são afetados, portanto medidas e atitudes devem ser tomadas para mudar esse quadro.

O cirurgião cardíaco Ayrton Bertini afirma que a morte devido a doenças cardíacas para pessoas na faixa entre 44 e 65 anos, ainda é 39% maior nos homens, do que em mulheres. Entretanto, depois dos 65 anos, a taxa de mortalidade em mulheres ultrapassa a dos homens em 22%.

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– Este aumento está relacionado à entrada da mulher na menopausa, caracterizado pela diminuição na produção hormonal, demonstrando o efeito cardioprotetor do estrogênio – explica.

O cardiologista Fernando Graça Aranha ressalta que, além da prevenção, que impede e atrasa a doença, é importante fazer a detecção por meio de exames de rotina.

– Se as duas falharem, o importante é ter um atendimento rápido – alerta.