Um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciar a suspensão dos testes com a CoronaVac por causa da morte de um voluntário que participava dos testes, o Estúdio CBN Diário ouviu uma especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Pela análise e de acordo com o protocolo, a agência agiu corretamente.

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— Como teve a vacinação anterior, ele é considerado um evento adverso. E quando chegar no fim da investigação e descartarem a ligação, o evento fica sem causa da vacina e o estudo segue. Até que se prove o contrário, a gente classica como evento adverso pós-vacinal — explicou a Dra. Lorena de Castro Diniz, membro do Departamento Científico de Imunização da ASBAI.

O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que coordenava o grupo de voluntários integrado pela vítima, já havia descartado a relação entre a morte e a vacina. O mesmo foi feito pelas autoridades estaduais. A principal suspeita é que o homem de 33 anos cometeu suicídio ou teve uma overdose.

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Como o evento adverso pós-vacinal foi grave, a pesquisa foi suspensa. A especialista ainda usou um exemplo para explicar como funciona o protocolo na criação de vacinas: “Um paciente vai fazer uma vacina da gripe. Na saída do posto de vacinação ele tropeça, torce o pé e cai. Isso a gente tem que considerar como um evento adverso pós-vacinal também”, contou.

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Ouça a entrevista com a Dra. Lorena de Castro Diniz, membro do Departamento Científico de Imunização da ASBAI:

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