Desde a primeira semana de dezembro é possível observar as águas-vivas no mar de Florianópolis, na Capital de Santa Catarina. O professor Alberto Lindner, responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que é preciso cuidado durante o verão, já que elas podem causar ferimentos com a sensação de queimadura. As informações são do g1 SC

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O professor monitora esses animais em Florianópolis desde dezembro de 2019, em dois trechos de um quilômetro cada, nas praias do Campeche, no Sul da Ilha de Santa Catarina, e Barra da Lagoa, no Leste da Ilha.

Segundo ele, três espécies podem ser vistas no litoral de Florianópolis: a caravela-portuguesa (Physalia physalis), que flutua, água-viva-sambaqui (Olindias sambaquiensis) e água-viva-leite (Chrysaora lactea).

— Os nossos dados mostram que a gente tem um padrão bem sazonal de aparecimento desses animais nessas duas praias, começando agora. No mês de dezembro, bem no finalzinho da primavera, e vai até o final do verão, início do outono. E aí, no inverno, a gente praticamente não tem registros nessa região — conta.

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água-viva em Florianópolis
Caravela-portuguesa na orla da praia da Cachoeira do Bom Jesus, em Florianópolis (Foto: Bibiane Tonelero da Silva, Divulgação)

Cuidados necessários 

Conforme o professor, as três espécies que podem ser encontradas no litoral da capital catarinense podem causar ferimentos, com sensação de queimadura e o que pode ser considerado um envenenamento. 

— O que elas têm é veneno, mesmo. É dentro de microcápsulas, menores de um milímetro, bem pequenininhas, microscópicas, que vão injetar essa toxina na nossa pele. Elas [águas-vivas] têm milhares dessas microcápsulas justamente nos tentáculos.

O que fazer se for ferido

O Corpo de Bombeiros Militar divulgou orientações sobre o que fazer se você for ferido por uma água-viva:

  • Procure o posto de guarda-vidas mais próximo;
  • Caso não haja posto de guarda-vidas, use vinagre;
  • Nunca use água doce, ela pode agravar a situação;
  • Caso não haja vinagre disponível e a queimadura continuar, chame o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.

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Entretanto, o professor destacou que esses animais não atacam.

— Elas não vêm na nossa direção, elas nem sabem que a gente está em volta delas. Somos nós mesmos que acidentalmente tocamos nesses animais.

Confira o número de ferimentos por temporada em Santa Catarina, segundo os bombeiros:

  • temporada 19/20 -> 65.543
  • temporada 20/21 -> 5.776
  • temporada 21/22 -> 4.718
  • temporada 22/23 -> 24.768

*Sob supervisão de Diane Ziemann

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