Uma região rica, um modo de atuação semelhante e a deficiência de policiais. Para o especialista em violência e professor da Furb Rodrigo Mioto dos Santos, estes três fatores chamam a atenção nos casos de assaltos a residências em Blumenau. Desde novembro, são pelo menos seis. Crimes como esses assustam e deixam marcas fortes. As famílias visadas costumam apresentar mais recursos e se tornam alvos fáceis com casas menos resguardadas, o que facilita a ação dos bandidos.
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– O modo de agir desses casos de Blumenau me parece ser de uma quadrilha organizada. O que ocorre é que quando há uma criminalidade mais especializada costuma haver um mapeamento prévio da região onde as vítimas moram – avalia.
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De acordo com o aspirante a oficial Felipe Oppenheimer Torres, da Polícia Militar de Blumenau, as quadrilhas que agem na região, apesar de terem o mesmo modo de operar, podem ser diferentes. Ele alerta que conhecer a vizinhança ajuda muito na segurança e pode evitar ocorrências:
– É imprescindível estreitar os laços de amizade com os vizinhos. Conhecê-los e saber como é a rotina deles ajuda a identificar possíveis movimentações suspeitas na rua.
O professor ainda destaca a falta de policiais no Estado como um dos pontos que encorajam ladrões a atacarem a população, pois, na visão dele, só um trabalho reforçado das polícias Civil e Militar é capaz de intimidar os criminosos:
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– Nós temos um contingente muito menor do que há 20 anos, e se não há investigação os casos vão continuar a ocorrer. É necessário que se faça retrato-falado. A população tem que se prevenir, mas as forças de segurança têm de ser efetivas. A PM de forma ostensiva e a Civil nas investigações.