Uma ponta de esperança na luta contra o coronavírus surge com o anúncio de que o Reino Unido aprovou a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. A taxa divulgada pelas duas empresas mostraram 95% de eficácia. Em entrevista à CBN Diário nesta quarta-feira (2), a imunologista e biomédica Lucia Abel Awad, que é PhD em doenças infecciosas, reitera que o ideal – se a pandemia estivesse sob controle neste momento – deveria ser esperar por resultados mais conclusivos.
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Na opinião da especialista, o desrespeito com os cuidados por parte da população – como o caso dos jovens que passaram a frequentar locais com aglomerações e contaminaram os adultos em casa, principalmente os idosos – alavanca a chamada “segunda onda” de covid-19. Diante do aumento no diagnóstico positivo para a doença e do tempo apertado, acaba sendo adotado o que Lucia Awad considera um “plano B” para imunizar a população. A profeissional reforça a necessidade de manter as medidas de proteção, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento.
– Face ao número expressivo de casos nos últimos meses, acho que essa atitude deva acontecer também no Brasil. Até essas vacinas apresentarem resultado para serem colocadas em registro na Anvisa e ficarem disponível para a população, acredito que isso ainda vai demorar um certo tempo. Estamos prevendo a vacinação para o primeiro semestre do ano que vem, mas isso para os grupos prioritários. Se a gente conseguisse controlar a pandemia, acredito que o correto seria aguardar os resultados das vacinas na fase 3 – declarou a professora e pesquisadora.
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A imunologista acredita que o plano nacional de imunização, apresentado nesta terça-feira, “está sendo bem conduzido por uma equipe muito competente”. Ela cita que o grupo possui técnicos do Ministério da Saúde, profssionais e autoridades ligados ao setor, além representantes de órgãos voltados à pesquisa.
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Até o momento, quatro projetos para vacinas contra a covid que estão na fase 3 – a última etapa antes do registro oficial – são testadas no Brasil. Porém, o plano da vacinação do governo federal não prevê doses que exijam o acondicionamento a baixíssimas temperaturas porque não haveria condições de armazená-las na rede pública – são os casos da Pfizer e da Moderna.
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Ouça a entrevista com a imunologista Lucia Abel Awad para a CBN Diário:
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