“Em tempos em que administração de empresas é quase uma ciência com metodologias conhecidas e fortemente divulgadas pelas consultorias, a inovação continua sendo um tema abstrato. Por quase 30 anos em empresas de ponta, nas Américas, Ásia e Europa, conheci pouquíssimos ambientes com real estimulação da inovação. Pelo contrário, ambientes que podam a inovação são os mais comuns de serem encontrados.
Continua depois da publicidade
O normal é encontrar gerentes e não líderes nas empresas, gerentes presos aos seus títulos e às ideias que já deram certo e não buscando algo novo. A base da inovação está na atitude. A inovação tende a aparecer naturalmente com líderes visionários, que disseminam a paixão pelo negócio a todos os níveis da organização, em que todos se sintam donos do negócio. Mas então se não tiver uma empresa de smartphones em que os colaboradores se apaixonem pelos produtos, nunca conseguirei inovar? Não me parece.
Nas experiências que passei, vi inovação em forjaria no Brasil, fábrica de tecido na Itália, farmacêutica no Japão e fabricante de refrigerantes na Coreia. E o que mais me marcou foi que o ser humano, em qualquer lugar ou posição, quer fazer a diferença, mudar o mundo. Seja no chão de fábrica ou no escritório, quer dar motivo nobre às suas 40, 60, 80 horas semanais de trabalho. A inovação na verdade já é real e está na mente dos colaboradores. Cabe aos líderes criar um ambiente, uma atitude na empresa para que a inovação não seja podada pela raiz.
Na prática, analise se você estimula a inovação na sua empresa. Repense um pouco sua própria atitude:
– Tenho dado abertura para que meu time exponha sua opinião?
Continua depois da publicidade
– Deixei claro que o projeto não é meu, mas de todos?
– Afinal, tenho sido um catalisador ou inibidor da inovação? Responda sinceramente e talvez encontre a real fonte da inovação…“