As causas da explosão ocorrida dentro de um apartamento na rua Iguaçu, na zona Norte de Joinville, na terça-feira à noite, ainda estão sendo apuradas. Segundo o especialista em engenharia de estruturas Gilberto Luiz, o uso de um produto químico inflamável na impermeabilização do sofá e o acendimento do fogão podem ter provocado o acidente. Entretanto, somente o laudo pericial apontará a causa real do acidente.

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Gilberto ressalta que todo manuseio de produto químico deve ser feito após rigorosa análise das indicações feitas pelo fabricante. É preciso analisar o tipo de aplicação, as condições do ambiente e a utilização do equipamento de proteção individual (EPI) correto para o procedimento.

Vídeo mostra o exato momento da explosão em prédio

Segundo o especialista, a explosão ocorrida no apartamento é considerada de baixa energia pela quantidade e tipo de gás exalado. Diferentemente da explosão que aconteceu em maio deste ano em um geminado no bairro Costa Silva, que foi de alta energia e provocou a morte de uma pessoa. Desta vez, o acidente não danificou a estrutura do prédio e os estragos foram apenas nas esquadrias, portas e janelas.

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Gilberto salienta que, de forma geral, materiais químicos com base de solvente não devem ser aplicados em locais fechados. No apartamento da rua Iguaçu estavam os moradores Jorge Silveira Junior, de 27 anos; Beatriz Cunha Sampaio Gonçalves, 27; e a filha de Beatriz, de dez. Além deles, havia um homem e uma mulher, que não tiveram a identidade revelada, prestando o serviço.

— Dentro da nossa casa, temos um verdadeiro laboratório químico, com vários produtos que não deveriam estar armazenados da maneira que estão. É sempre um risco — afirma Gilberto.

Conforme a Defesa Civil, o risco de o prédio entrar em colapso por causa do estouro foi descartado após análise técnico-predial. Por precaução, o órgão orientou o síndico a solicitar um laudo que avalie as condições gerais do imóvel – partes hidráulica e elétrica – para averiguar se houve comprometimento dessas estruturas.

O empresário Gilson Pinheiro, que trabalha há 28 anos com esse tipo de serviço, afirma que existem produtos para fazer a impermeabilização que não são considerados altamente inflamáveis.

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— São produtos que apagam o fogo e causam um espécie de retardamento da chama — explica.

Das cinco vítimas do acidente, quatro continuam internadas em hospitais devido às queimaduras.