São 95 mil quilômetros quadrados de diferentes sotaques e expressões, mas o futebol é idioma unificado a partir do pontapé inicial. Enquanto o globo aguarda quatro anos para a maior competição futebolística, o catarinense tem um torneio para chamar de seu a cada começo de temporada. A nossa Copa do Mundo é o Campeonato Catarinense. O evento esportivo que neste 2018 será sediado na Rússia, mas aqui a nossa Copa se espalha por Santa Catarina.

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O torneio começa nesta quarta-feira. Os primeiros jogos estão marcados para iniciar às 20h30min. A partir do primeiro toque na bola, serão três meses e meio em que cada um dos 10 times na disputa será a seleção de cidades ou regiões — Florianópolis e Tubarão terão duas equipes. Nesta edição, como na Copa do Mundo, haverá apenas uma partida para definir quem vai ao palanque minutos depois do último apito do campeonato para erguer o caneco.

Enquanto há oito campeões mundiais, dos 10 times que disputam o Campeonato Catarinense, oito já venceram o torneio — apenas Concórdia e Tubarão não tiveram tal privilégio. Pequenas coincidências que reforçam a atmosfera que envolve o Estadual.

Cada time tem um pouco de seleção, afinal são os melhores da equipe naquele momento, de acordo com os critérios dos treinadores, que vão defender nações que se juntam para sofrer, sorrir e chorar nas arquibancadas ou nos sofás. Cada clube tem seu craque, são nomes de confiança da torcida para que façam a diferença dentro de campo e levem o grupo para o mais longe possível no campeonato.

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Como no Mundial, não há favoritos. Estarão dentro das quatro linhas equipes com histórico de conquistas, times que entram em campo recheados de expectativas e outros que sequer vão sentir o cheiro do troféu, mas irão complicar favoritos.

Bem-vindo à nossa Copa.

Leão de raça e fúria

O Avaí viveu seu último auge no Catarinense com os títulos de 2009, 2010 e 2012. A Espanha teve em período similar suas principais conquistas: a Eurocopa de 2008 e a Copa de 2010. O passado recente é de glórias e tentam retomar essa hegemonia. Em campo, Leão e Fúria têm elencos experientes, mas mesclados com juventude

Títulos estaduais: 16 conquistas (1924, 1926, 1927, 1928, 1930, 1942, 1943, 1944, 1945, 1973, 1975, 1988, 1997, 2009, 2010 e 2012)

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Colocação em 2017: Vice-campeão

Briga pelo título

Apostando na manutenção de boa parte da equipe, mesmo após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Avaí surge como um dos candidatos ao título. O clube repôs as perdas, como as saídas do goleiro Douglas e do lateral Maicon — com as chegadas de Rubinho e Tiago Cametá. Com um elenco experiente e o entrosamento como trunfos, o Leão tem chance de chegar longe.

Time-base – Kozlinski; Cametá, Betão, Alemão e João Paulo; Judson, André Moritz, Marquinhos, Martinuccio e Luanzinho; Romulo. Técnico: Claudinei Oliveira.

Disposição senegalesa

Cores, sete letras nos nomes… Leva para a disputa um futebol de muita força e disposição. Promete incomodar os grandes, como tem sido nos últimos anos. Pelo que parece, vontade é o que não falta a quem veste vermelho, verde e amarelo.

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Títulos estaduais: 1 (1992)

Última edição: Quarto lugar

Briga pela Copa do Brasil e vaga na Série D

No ano passado, o Brusque fez uma campanha sólida. O quarto lugar deu à equipe uma vaga para disputar a Copa do Brasil deste ano. Agora, com nomes experientes e investimento maior com plantel, promete colocar em campo a mesma força e qualidade para, pelo menos, repetir a campanha anterior. Vai incomodar bastante os chamados grandes e quer tomar o posto de sexta força do futebol de Santa Catarina.

Time-base – André Luis; Carlos Alberto, Antônio Carlos, Douglas Silva e Ronaell; Ruan, Bidia e França; Wilson Junior, Jefferson Renan e Edu. Técnico: Picoli.

Defende a hegemonia

Virou o time a ser batido e todos os rivais voltam os olhos para ele, cercada de expectativas se vai confirmar a hegemonia. Entra na competição com a promessa de ser forte e como a grande candidata ao título. É a atual campeã e, novamente, franca favorita.

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Títulos estaduais: 6 (1977, 1996, 2007, 2011, 2016, 2017)

Última edição: Campeã

Briga pelo título

É a principal candidata ao título Estadual. Vai atrás da trinca, já que ganhou em 2016 e 2017. Manteve a base e o comando de Gilson Kleina. Tem um elenco qualificado e, ainda, recebeu peças importantes, o que amplia as opções para o decorrer da competição.

Time-base – Jandrei; Eduardo, Rafael Thyere, Fabrício Bruno e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Amaral e Osman; Guilherme, Arthur Caíke e Wellington Paulista. Técnico: Gilson Kleina.

Galo que pula alto

É um time que ainda tenta se firmar no cenário, pois não garante presença em todas as edições do campeonato. Ainda busca a afirmação para conquistar seu espaço e futuramente tentar um título de expressão.

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Títulos estaduais: Nenhum

Última edição: Campeão da Segunda Divisão

Briga pela permanência

A última participação na elite estadual foi em 2011, quando foi rebaixado. Agora de volta à primeira divisão estadual, o Galo do Oeste terá de fazer um campeonato de afirmação. O principal objetivo é a permanência entre os maiores do Estado por mais um ano. Por isso, seria precipitado projetar uma meta além dessa.

Time-base – Anderson; Sergipano, Márcio Luiz, Ramon e Talys; Gelson, Diogo Roque, Beto e Paulinho; Rafael Santiago e Elton. Técnico: Mauro Ovelha.

Novas esperanças

Ganhou título há pouco tempo, e desde então colecionou decepções e campanhas em que chegou perto da conquista. Agora aposta em jovens atletas e em novo ciclo para voltar a disputar o troféu da competição, além de reafirmar que é uma das principais forças do futebol

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Títulos estaduais: 10 (1968, 1986, 1989, 1990, 1991, 1993, 1995, 1998, 2005 e 2013)

Última edição: Terceiro lugar

Briga pelo título

Sob o comando de Lisca, a meta do Tigre é lutar pela 11ª conquista do Catarinense. Tem um elenco experiente, a começar com Luiz no gol. E passa pela qualidade e o bom momento de Alex Maranhão lá na frente.

Time-base – Luiz; Carlos Eduardo, Sandro, Nino e Eltinho; Barreto, Douglas Dodi, Alex Maranhão e Wallacer; Mailson e Siloé. Técnico: Lisca.

Com drama e paixão

Entra em todas as edições como forte candidato ao título, porém, oscila entre o fiasco e grande participação na competição. A deste ano, por exemplo, é uma incógnita porque chega depois de campanha tortuosa, que por pouco não terminou em um desastre completo.

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Títulos estaduais: 17 (1932, 1935, 1936, 1937, 1939, 1941, 1972, 1974, 1994, 1999, 2002, 2003, 2004, 2006, 2008, 2014 e 2015)

Última edição: oitavo lugar

Briga pelo título

Não dá para deixar de lado o histórico do maior campeão do Estado. Renovou o elenco, foi ao mercado em busca de reforços e chega motivado com uma nova gestão. Repetir o fraco desempenho da última temporada não passa sequer na cabeça do torcedor mais pessimista.

Time-base – Denis; Samuel Santos, Trevisan, Nogueira e Diego Renan; Betinho, Zé Antônio e Ferrareis; Maikon Leite, Jorge Henrique e Henan. Técnico: Milton Cruz.

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De volta ao jogo

Fazia tempo que o time que se veste de vermelho e branco não aparecia na competição. Nas participações do passado construiu tradição na disputa do torneio, incomodava os favoritos. Porém, praticamente desapareceu da disputa, mas neste ano está de volta, e com um centroavante fazedor de gols que pode desequilibrar a favor se chegar calibrado.

Títulos estaduais: 2 conquistas (1957 e 1958)

Última edição: vice da Série B

Briga pela permanência

Passadas mais de duas décadas desde a última vez em que disputou a elite do Campeonato Catarinense, o Leão do Sul está de volta para tentar continuar entre os grandes de Santa Catarina. Por isso, a briga neste ano vai ser de continuar na Série A do Estadual.

Time-base – Martins (Lucas); Rafael, Silvio e Revson (Pablo); Breno, Leandro, Jackson (Revson), Daniel e Bruninho, Tiago e Lima. Técnico: Luiz Carlos Cruz.

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Garotos da Manchester

Camisa pesada e apontado como um dos grandes. Porém, há muitas edições da competição não levanta a taça, embora tenha chegado perto algumas vezes desde então. Sempre recebe atenção e respeito de seus adversários. Não entra como favorito, mas pode surpreender rivais e torcida, inclusive a sua.

Títulos estaduais: 12 (1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1987, 2000 e 2001)

Última edição: quinto lugar

Briga pela Copa do Brasil

Com o menor investimento em plantel dos últimos anos, tem como meta disputar entre os times de metade alta da classificação. Repetir o desempenho da edição anterior e com folha mais enxuta é a principal obrigação. Conquistar vaga para a grande final, parece tarefa complicada, mas a equipe pode se garantir na Copa do Brasil de 2019 com uma das vagas do Estadual.

Time-base – Matheus; Dick, Alisson, Evaldo e Alex Ruan; Michel Schmöller e Eduardo Person; Madson, Murilo Rangel e Thiago Alagoano; Grampola. Técnico: Rogério Zimmermann.

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Persistência nipônica

Determinação e persistência dos nipônicos traduzidas ao futebol. Mesmo que os resultados não sejam dos mais expressivos, a equipe persiste. Entra sempre na esperança de desbancar os grandes. Marca presença nas últimas edições da competição e ainda conta com uma torcida empolgada, mesmo sabendo que luta em busca da distante glória.

Títulos estaduais: 1 conquista (1965)

Última edição: sétimo lugar

Briga pela permanência

No quarto ano seguido na elite do Catarinense, o Inter de Lages vai tentar manter a condição. Apesar das edições anteriores, ainda não encontrou solidez na divisão. O orçamento bem apertado, ainda, é fator que obriga o Leão Baio a ter meta modesta.

Time-base – David; Eduardo, Fernando Belém, Gregory e Sanchez; Bruno, Luiz Meneses, Felipe e Mateus Arence; Rafhael Lucas e Max. Técnico: Leandro Niehues.

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É pra ser a surpresa

Teve boas participações em campeonatos passados, passou por breve ostracismo e retorna com força, apoiado em um nova geração e na modernidade. Neste momento, é a promessa de potência, querendo se juntar entre os grandes. Agora, a cada competição que disputa entra no torneio cercado de alguma expectativa, porém não ao ponto de ser cotado como favorito ao dono do caneco.

Títulos estaduais: não tem

Última edição: sexto colocado

Briga por vaga na Série D

Depois de conseguir a permanência na elite catarinense no ano passado, o clube tem como meta se consolidar no cenário estadual. O título da Copa Santa Catarina, no ano passado, aumenta a confiança. O Peixe mostra que tem condições de ser a sexta força do futebol de Santa Catarina.

Time-base – Gabriel; Marcos Vinicius, Jaílton, Lucas Costa e Marlon; Liel, Everton Dias e Daniel Costa; Luan, Índio e David Batista. Técnico: Waguinho Dias.

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